<span style="font-size:14px;">Entidades representativas da Polícia Civil de pelo menos seis Estados brasileiros já se manifestaram em apoio a greve da categoria no Tocantins e repudiaram, com veemência, a atitude do Governo do Estado de mandar recolher o armamento e todo material de trabalho dos servidores, deixando as delegacias vulneráveis. <br /> <br /> Desde o começo da greve dos policiais civis do Tocantins em 25 de fevereiro, o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins vem recebendo mensagens de apoio de várias entidades classistas do Brasil, além de manifestações individuais. As mensagens chegam pelos canais de comunicação do Sinpol-TO na internet ou, então, em contatos diretos com o próprio presidente do Sinpol-TO, Moisemar Marinho.<br /> <br /> Entre os Estados que se manifestaram favoravelmente aos policiais do Tocantins, estão entidades de Minas Gerais, Acre, Ceará, Paraná, Santa Catarina e Goiás, além da Cobrapol (Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis).<br /> <br /> Embora o respaldo dos policiais dos demais estados ocorra desde que a greve se iniciou, houve um grande aumento de manifestações a partir da segunda-feira, 16 de março, quando os policiais do Tocantins foram obrigados a entregar suas armas ao Estado por causa de determinação do governador Marcelo Miranda.<br /> <br /> <em><img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/Nota%20-%20Acre.jpg" style="width: 300px; height: 438px; border-width: 0px; border-style: solid; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: right;" />“O apoio dos policiais de todo o Brasil é um incentivo para continuarmos firmes no nosso movimento”</em>, destacou Moisemar Marinho, ao lembrar que os policiais do Tocantins apenas lutam para restabelecer uma conquista histórica suspensa por um decreto do governador.<br /> <br /> <u><strong>Motivo da greve</strong></u><br /> <br /> A greve é um protesto da categoria que pede o cumprimento da lei 2.851/2014, que teve seus efeitos suspensos por decreto do governador Marcelo Miranda.<br /> <br /> Segundo o Sinpol, a lei regulamenta conquista histórica dos policiais civis, com o alinhamento da carreira de cerca de 1,3 mil profissionais. O alinhamento foi promovido pelo próprio governador Marcelo Miranda em 2007, na sua penúltima gestão.<br /> <br /> Porém, a regulamentação da conquista se arrastou por todos os governos seguintes e só veio a ocorrer em abril do ano passado, para ter efeitos financeiros parcelados em quatro vezes a partir de 2015.<br /> <br /> Para o Sinpol, embora o governo alegue não ter dinheiro para cumprir a lei, a parcela de 2015 do alinhamento corresponde a apenas 1% da folha de pagamento do Estado e não ultrapassa mensalmente o percentual de 21% do que o Executivo Estadual tem para gastar com o pagamento de salários de cargos comissionados.</span>