<span style="font-size:14px;">A Polícia Civil de Goiás quer a quebra do sigilo bancário de Douglas Alencar, Roberto Carlos Maya Barbosa, Lucas Marinho e Marco Antônio Jayme Roriz, detidos na última quinta-feira (17) no aeroporto de Piracanjuba (GO). Os quatro foram presos após serem flagrados pela Polícia Civil tentando embarcar em um avião com R$ 504 mil em dinheiro.<br /> <br /> Apesar de terem sido soltos, a Polícia Civil continua as investigações sobre a origem e destino do dinheiro apreendido. Os quatro foram autuados por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e crime contra a ordem financeira, eles, que foram liberados após pagamento de fiança na noite do último domingo, estavam presos no presídio de Piracanjuba.<br /> <br /> Em entrevista ao Jornal do Tocantins, o delegado da Polícia Civil de Itumbiara (GO) Ricardo Chueire, responsável pelo inquérito, informou que o próximo passo será pedir a quebra do sigilo bancário dos envolvidos para buscar informações sobre a origem do dinheiro. Ele ressaltou que a versão que circula na imprensa tocantinense de que o dinheiro é oriundo de um empréstimo feito no Distrito Federal feito por Douglas para pagar dívidas de suas empresas não está sendo considerado pela polícia.<br /> <br /> No avião também havia material de campanha de Carlos Henrique Gaguim e Marcelo Miranda, ambos do PMDB, respectivamente candidatos a deputado federal e governador pela coligação A experiência faz a mudança.<br /> <br /> Segundo Chueire, a libertação dos presos “já era esperada, já que nesses casos é comum que a Justiça conceda o direito de liberdade provisória”. Ainda conforme o delegado, a fiança de Douglas Alencar, apontado pela polícia, como líder do grupo, e que era de R$70 mil, foi reduzida em 50% após pedido da defesa. “A fiança do Roberto (Maya) e do Marco (Roriz) também foi reduzida em 50%. Já a fiança do Lucas (Marinho) foi retirada”, disse o delegado.<br /> <br /> A Polícia Civil ainda não liberou o avião, que continua apreendido em Goiás. O JTo tentou falar novamente com o proprietário da aeronave, o empresário Ronaldo Japiassú, mas não teve sucesso.<br /> <br /> <u><strong>Justiça Eleitoral</strong></u><br /> <br /> O Ministério Público Eleitoral (MPE) e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO) receberam cópias dos autos, que foram repassados pelo delegado Chueire na manhã de ontem. O procurador regional eleitoral no Tocantins, Álvaro Manzano, informou que ainda não analisou os documentos e por isso ainda não poderá falar sobre o assunto. Questionado até quando o MPE pode atuar, ele explicou que pode tomar uma decisão sobre o caso até a diplomação dos eleitos, que deve ser feita até o dia 19 de dezembro deste ano.<br /> <br /> O TRE-TO também confirmou o recebimento dos autos, mas só se “pronunciará sobre o assunto após ser provocado pelo órgão competente por instruir a denúncia”. O procurador Manzano explicou que o envio de cópia dos autos para o TRE é cumprimento de formalidade, mas será o MPE que avaliará se é apresentará denúncia ou não por crime eleitoral.<br /> <br /> <u><strong>Defesa</strong></u><br /> <br /> Questionada sobre a possibilidade de a reportagem falar com Douglas ou com outro membro do grupo de acusados, a advogada Natália Spadoni disse que não seria possível. “Ninguém vai declarar nada, estamos em um momento de organização e uma entrevista pode atrapalhar a linha da defesa.”<br /> <br /> <u><strong>Entenda</strong></u><br /> <br /> A Polícia Civil apreendeu na última quinta-feira uma aeronave com R$ 504 mil em espécie e mais de 3 quilos de material de campanha. Na sexta-feira, a polícia descobriu que o saldo da conta de Lucas Marinhos, onde foi sacado os R$ 504 mil, era de R$ 1,5 milhão, sendo que deste valor foram transferidos R$ 310 mil para a conta da namorada de Douglas Alencar, identificada apenas como Lais, e R$ 680 mil para duas empresas não identificadas de Palmas. <em>(Jornal do Tocantins)</em></span><br /> <br /> <br />