População carcerária do Brasil cresceu 74% em 7 anos

Por Redação AF
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03/06/2015 08h58 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">A popula&ccedil;&atilde;o prisional no Brasil cresceu 74% entre 2005 e 2012. Em 2005, o n&uacute;mero absoluto de presos no pa&iacute;s era 296.919. Sete anos depois, passou para 515.482 presos. A popula&ccedil;&atilde;o prisional masculina cresceu 70%, enquanto a popula&ccedil;&atilde;o feminina cresceu 146% no mesmo per&iacute;odo. Em 2012, aproximadamente um ter&ccedil;o da popula&ccedil;&atilde;o prisional brasileira estavam encarceradas em S&atilde;o Paulo.<br /> <br /> Os dados est&atilde;o no estudo Mapa do Encarceramento: os Jovens do Brasil, divulgado nesta quarta-feira (3) pela Secretaria-Geral da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica. O levantamento foi feito pela pesquisadora Jacqueline Sinhoretto com base nos dados Sistema Integrado de Informa&ccedil;&otilde;es Penitenci&aacute;rias (InfoPen), do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a. Segundo o estudo, o crescimento foi impulsionado pela pris&atilde;o de jovens, negros e mulheres.<br /> <br /> O relat&oacute;rio aponta que 13 estados tiveram crescimento acima da marca nacional. Em Minas Gerais Minas, segundo estado em popula&ccedil;&atilde;o encarcerada, com 45.540 presos em 2012, houve crescimento de 624% no n&uacute;mero de presos. Segundo o relat&oacute;rio, isso deve a programas que visam a repress&atilde;o qualificada aos crimes contra a vida e a pres&iacute;dios privatizados instalados no estado. J&aacute; o Rio Grande do Sul apresentou o menor percentual de crescimento da popula&ccedil;&atilde;o prisional do pa&iacute;s (29%).<br /> <br /> &ldquo;A an&aacute;lise conjunta das taxas de encarceramento e das taxas de homic&iacute;dio por estado indica que prender mais n&atilde;o necessariamente reduz os crimes contra a vida, porque as pol&iacute;ticas de policiamento enfocam os crimes patrimoniais e de drogas&rdquo;, aponta o relat&oacute;rio.<br /> <br /> De acordo com o levantamento, 38% da popula&ccedil;&atilde;o prisional no pa&iacute;s &eacute; formada por pessoas que est&atilde;o sob a cust&oacute;dia do Estado sem que tenham sido julgadas. Outros 61% dos presos s&atilde;o condenados e 1% cumpre medida de seguran&ccedil;a. Dentre os condenados, 69% est&atilde;o no regime fechado, 24% no regime semiaberto e 7% no regime aberto.<br /> <br /> &ldquo;Quase metade (48%) dos presos brasileiros recebeu pena de at&eacute; oito anos. Num sistema superlotado, 18,7% n&atilde;o precisariam estar presos, pois est&atilde;o no perfil para o qual o C&oacute;digo de Processo Penal prev&ecirc; cumprimento de penas alternativas&rdquo;, cita o texto.<br /> <br /> Os crimes que mais motivam pris&otilde;es s&atilde;o patrimoniais e drogas, conforme o estudo, que somados atingem cerca de 70% das causas de pris&otilde;es. Crimes contra a vida motivam 12% das pris&otilde;es. Segundo o relat&oacute;rio, isso indica que o policiamento e a Justi&ccedil;a criminal n&atilde;o t&ecirc;m foco nos crimes &ldquo;mais graves&rdquo;, mas atuam principalmente nos conflitos contra o patrim&ocirc;nio e nos delitos de drogas. (Ag&ecirc;ncia Brasil)</span>
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