<span style="font-size:14px;"><u>Arnaldo Filho </u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> A gestão da saúde tocantinense vai de mal a pior. No principal hospital público da região norte do Estado, o Regional de Araguaína (HRA), a situação é caótica. Segundo denúncias de pacientes e servidores, falta quase tudo. Não há medicamentos e materiais básicos para realizar cirurgias. Nesta semana, o que também chamou atenção, e provocou indignação, é a precariedade da alimentação que está sendo servida na unidade hospitalar.<br /> <br /> Na terça-feira (5), o <em>AF Notícias</em> mostrou que o almoço ficou apenas no arroz branco com ervilha. Segundo relatos, a situação tem acontecido com bastante frequência. O cardápio já incluiu também apenas arroz, feijão e abóbora. A direção do HRA alegou “problemas com fornecedores” e disse que tudo já estava sendo regularizada. No entanto, nesta quarta-feira (6), foi servido apenas macarrão no almoço.<br /> <br /> <u><strong>Servidores podem ficar sem almoço</strong></u><br /> <br /> A situação ainda pode piorar. Conforme Paulo Batista, representante do Sindicato dos Profissionais em Enfermagem do Estado, a Litucera, empresa responsável pelo fornecimento da alimentação, já avisou que provavelmente o almoço não será mais servido aos funcionários, tão somente para os pacientes.<br /> <br /> Na manhã desta quinta (7), Paulo Batista falou com o <em>AF Notícias</em> e afirmou que o Sindicato repudia essa forma "desumana" com que os servidores e pacientes estão sendo tratados. <em>“É um desrespeito. É trabalho escravo, sem as mínimas condições. Nós repudiamos essa situação”</em>, desabafou.<br /> <br /> <u><strong>"Vaquinha"</strong></u><br /> <br /> Para não passar fome durante o plantão de 12 horas, parentes de funcionários estão levando a alimentação de casa ou até mesmo comprando marmitex diariamente. Os servidores também estão apelando para a ‘vaquinha’, foi o que disse Paulo Batista.<br /> <br /> O esposo de uma funcionária do Hospital, que preferiu não ser identificado, relatou que sempre leva a alimentação de sua esposa e já chegou também a comprar luvas e máscaras para que ela não trabalhe sem proteção.<em> “Sempre levo marmitex pra ela, e não é só isso, sou acostumado a comprar mascaras e luvas, pois o hospital não tem”</em>, relatou.<br /> <br /> No dia 24 de março deste ano uma servidora denunciou que o “pão do Café da Manhã dos funcionários estava com mau cheiro, visivelmente estragado”. <em>“Ficar 12 horas trabalhando e comer uma refeição como essa, chega a ser desumano”</em>, disse a servidora.</span>