Presos mudam versão: 'santinhos' foram 'esquecidos no avião' e dinheiro é fruto de empréstimo

Por Redação AF
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19/09/2014 15h00 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">Os quatro suspeitos presos em Piracanjuba, a 87 km de Goi&acirc;nia, em um avi&atilde;o com R$ 500 mil e milhares panfletos do candidato a governador do Tocantins Marcelo Miranda (PMDB) e do candidato a deputado federal Carlos Henrique Gaguim (PMDB), mudaram a vers&atilde;o apresentada &agrave; pol&iacute;cia em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; origem do dinheiro e do material de campanha. O dinheiro teria sido sacado horas antes numa ag&ecirc;ncia da Caixa Econ&ocirc;mica Federal naquela cidade.<br /> <br /> O delegado Ricardo Torres Chueire informou, nesta sexta-feira (19), que tr&ecirc;s dos suspeitos alegam que os &quot;santinhos&quot; foram esquecidos na aeronave e o dinheiro &eacute; fruto de um empr&eacute;stimo tomado por um deles em Bras&iacute;lia.<br /> <br /> Entretanto, de acordo com a pol&iacute;cia, em depoimento informal ainda na pista de pouso onde foram presos, todos, com exce&ccedil;&atilde;o do piloto da aeronave, afirmaram que o dinheiro seria usado para custear despesas de campanha de Miranda devido ao bloqueio de contas do candidato.<br /> <br /> Em rela&ccedil;&atilde;o aos panfletos, os suspeitos alegaram que o material n&atilde;o pertencia a eles. <em>&ldquo;Eles disserem que o mesmo avi&atilde;o tinha sido utilizado h&aacute; alguns dias pelo Gaguim e que ele tinha esquecido esse material l&aacute;&rdquo;</em>, afirma o delegado. A pol&iacute;cia ainda n&atilde;o confirmou se a aeronave realmente foi utilizada pelo candidato.<br /> <br /> <u><strong>Dono do avi&atilde;o</strong></u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">O bimotor prefixo PR GCM apreendido com o dinheiro e santinhos pertence ao empres&aacute;rio tocantinense Ronaldo Alves Japiass&uacute;. Japiass&uacute;. Ele mora em Porto Nacional e mant&eacute;m contratos com o Governo do Estado desde o ano de 2007 atrav&eacute;s da&nbsp;</span><span style="font-size:14px;">Construtora Alja Ltda.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">No per&iacute;odo de julho de 2007 a agosto de 2009 (gest&atilde;o do ex-governador e candidato Marcelo Miranda), a empresa firmou dois contratos com o Estado do Tocantins que totalizam R$ 4.162.193,88;<br /> <br /> O primeiro &eacute; o contrato n&ordm; 126, assinado em julho de 2007, com valor de R$ 2.778.556,03 e vig&ecirc;ncia de 240 dias, de julho de 2007 a mar&ccedil;o de 2008. Este contrato teve aditivo em julho de 2008 no valor de R$ 9.073,07. E tamb&eacute;m foi apostilado em novembro de 2008, com acr&eacute;scimo ao valor do total de R$ 9.708,13;<br /> <br /> J&aacute; o segundo contrato foi firmado em agosto 2009, no valor de R$ 1.364.856,65, com vig&ecirc;ncia de 300 dias, de agosto de 2009 a junho de 2010;<br /> <br /> Os dois contratos s&atilde;o da gest&atilde;o de Jos&eacute; Edmar Brito Miranda, pai do ex-governador Marcelo Miranda, &agrave; frente do Dertins e da Secretaria de Infraestrutura;<br /> <br /> J&aacute; a atual gest&atilde;o (de Sandoval Cardoso) firmou com a referida empresa um contrato de lama asf&aacute;ltica em Porto Nacional, no valor de R$ 17,4 milh&otilde;es.</span>
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