<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> O Procurador-Geral de Justiça, Clenan Renaut de Melo Pereira, encaminhou ofício nesta sexta-feira, 13, ao Governador do Estado do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), solicitando esclarecimentos sobre as nomeações de servidores em cargos comissionados e de confiança. O chefe do Ministério Público Estadual também pede informações sobre a essencialidade, neste momento, do provimento de cargos e o comprometimento das despesas com pessoal.<br /> <br /> No documento, o MPE destaca o quantitativo de nomeações publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) nos últimos dias. Somente no dia 11 de março, foram nomeados 90 servidores para cargos comissionados e outros 100 para funções de confiança. Na segunda-feira, dia 09, outros 100 cargos comissionados foram publicados no DOE.<br /> <br /> "Em caso de descumprimento dos limites estabelecidos em Lei, o MPE tomará todas as medidas necessárias à responsabilização do gestor que atuar em desacordo com a norma", disse o Procurador-Geral de Justiça.<br /> <br /> Clenan Renaut enfatiza a importância dos servidores para a execução das atividades da Administração, no entanto, destaca que é dever do gestor público agir com rigor no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. <em>"É importante esclarecer que o limite para gastos com pessoal já havia sido ultrapassado pelo Governo do Estado ainda no exercício anterior, o que, de acordo com a legislação, impede o provimento de cargos públicos, admissão ou contratação a qualquer título".</em><br /> <br /> <u><strong>Entenda</strong></u><br /> <br /> Em janeiro deste ano, o Ministério Público, por meio do Procurador-Geral de Justiça, expediu a Recomendação nº 01/2015 e instaurou Procedimento Preparatório para averiguar o cumprimento da Lei Complementar nº 101/2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Milhares de nomeações</strong></u><br /> <br /> Conforme levantamento, desde o início do mandato, Miranda já fez cerca de 2 mil nomeações em cargos comissionados, além de milhares de contratos temporários, apesar de afirmar insistentemente que o Estado está em dificuldades financeiras.<br /> <br /> <u><strong>Ação judicial</strong></u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">O Sindicato dos Servidores Públicos (Sisepe) ingressou com uma ação judicial pedindo o fim das nomeações para cargos comissionados no Governo do Estado até que os benefícios anulados e suspensos dos servidores públicos sejam implementados. A ação tramita na 4ª Vara de Fazenda Pública de Palmas desde a última terça-feira (10).</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Para o presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, o governador “contradiz as próprias alegações”. “Se o Estado está com gastos com pessoal acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, então ele deve parar, imediatamente de nomear cargos comissionados até que os Estado se adeque à LRF e que todos os direitos adquiridos dos servidores sejam reestabelecidos”, sustenta o líder Sindical.</span>