Professores sem aumento salarial

Professores de Aragominas não recebem aumento de 11,3% do piso nacional e ameaçam greve

Por Agnaldo Araujo
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17/03/2016 15h02 - Atualizado há 5 anos
Agnaldo Araujo // AF Notícias O reajuste de 11,36% do piso nacional dos professores ainda não foi concedido aos docentes do Município de Aragominas (TO), na região norte do Estado. O percentual deveria ter sido incorporado aos salários dos professores desde o mês de janeiro deste ano, mas o prefeito Sebastião Tatico disse que o Município não tem condições financeiras de conceder o aumento. Ao todo são 54 professores efetivos. Contudo, os professores afirmam que não há justificativa para o atraso na concessão do reajuste. “A Secretaria de Educação e nem o prefeito deram até o momento nenhum tipo de esclarecimento. A lei do piso nacional do magistério tem que ser cumprida”, disse um professor. Diante do descumprimento da lei, os professores afirmaram que existe possibilidade real da categoria deflagrar uma greve por tempo indeterminado. Outros benefícios referentes ao Plano de Carreira estariam também atrasados. Outro lado A secretária Municipal de Educação, Rita de Cássia, informou que o município de Aragominas não tem condições financeiras de pagar o novo piso de R$ 2.135,64 aos professores. Segundo a secretária, os docentes já recebiam acima do piso anterior, que era de R$ 1.917,78. “Nós nunca nos opomos a pagar o piso. Se tiver dinheiro nós vamos pagar. Vamos fazer o possível para pagar", disse, acrescentando que os servidores têm que procurar o Sindicato. A secretária ainda afirmou que o sindicato sabe que o Município não tem condições de pagar o piso. A secretária reforçou que nenhum professor ganha abaixo do piso nacional e classificou como uma "briga política". Segundo ele, na gestão passada, as mesmas pessoas assinaram um abaixo-assinado para reduzir o próprio salário visando proteger o gestor da época, porém, o sindicato não aceitou. Piso salarial do magistério O aumento no valor do piso salarial nacional passou a valer a partir de janeiro de 2016. O salário base passou de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64. O valor era para ser pago para docentes com formação de nível médio com atuação em escolas públicas com 40 horas de trabalho semanais. Diversos Estados e municípios reclamaram do aumento, pois traria mais dificuldades para o fechamento das contas. Eles queriam que o reajuste do piso salarial fosse adiado para agosto. Porém, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante enfatizou que esse aumento é um pouco maior do que a inflação pelo IPCA no ano de 2015 que foi de 10,67% e que portanto estados e municípios não podiam reclamar que o aumento iria onerar as contas dos entes federados.

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