<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <em>Portal AF Notícias</em><br /> <br /> Os professores da rede estadual de ensino do Tocantins decidiram manter a greve por tempo indeterminado, após assembleia geral realizada na tarde desta quarta-feira (5), em Palmas (TO). A categoria está de braços cruzados desde o dia 5 de junho, ou seja, há 60 dias.<br /> <br /> Conforme o levantamento da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), divulgado na última segunda-feira (3), 55,36% das escolas tiveram aula normalmente neste início do segundo semestre, o que representa 335 escolas, das 531 unidades. O restante, no total de 196 escolas, as aulas continuarão suspensas por conta da paralisação.<br /> <br /> A categoria reivindica o pagamento da data-base com índice de 8,34% em parcela única [e não dividida em duas vezes como foi aprovado]; o pagamento retroativo das progressões de 2013, 2014 e 2015; revisão do decreto que suspendeu a equiparação entre professores normalistas (Prono) e professores da educação básica (Proeb) – uma conquista da greve de 2014; o reajuste de 13,01% com base no custo aluno/ano; a definição da situação dos pedagogos que estão com carga horária comprometida devido à municipalização da séries iniciais; a eleição de diretores de forma democrática e sem pré-seleção de candidatos, além dos enquadramento dos servidores administrativos no quadro da Educação.<br /> <br /> <strong><u>O outro lado</u></strong><br /> <br /> O secretário da Educação, Adão Francisco de Oliveira, já afirmou que a educação é um direito inalienável que está sendo prejudicado pelo movimento grevista. Segundo ele, seis propostas já foram apresentadas ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), mas nenhuma foi aceita.<br /> <br /> Conforme Adão Oliveira, as negociações sempre ocorreram dentro de um clima amistoso e o diálogo é a chave para um consenso com os educadores do Tocantins. <em>“Nós entendemos que precisa existir sempre um diálogo aberto e franco com os trabalhadores da educação, mas temos que ter em mente a atual situação financeira do Estado. Esta consciência cívica se reflete nos números que levantamos, ou seja, menos da metade das escolas permaneceu fechada neste retorno às aulas”,</em> disse.<br /> <br /> Para o secretário, os maiores prejudicados com a paralisação são os estudantes, principalmente os que estão em reta final de conclusão do ensino médio e para os do ensino fundamental, que neste ano fazem a Prova Brasil. <em>“O prejuízo é muito grande para todos os estudantes, mas principalmente os que irão prestar provas importantes para o futuro, como o Enem e os vestibulares que se aproximam”</em>, salientou.<br /> <br /> <u><strong>Reposição de aulas</strong></u><br /> <br /> Com a greve dos professores, o calendário escolar ficou prejudicado. A reposição das aulas será discutida entre a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e os representantes dos servidores, levando em consideração o calendário específico de cada unidade escolar que teve aulas paralisadas.</span>