<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Profissionais de enfermagem do Tocantins iniciaram às 7 horas da manhã desta segunda-feira (30) uma paralisação de 24 horas em onze hospitais públicos do Estado. Apenas 30% dos serviços serão mantidos para atendimento de casos de urgência e emergência. Serviços como cirurgias eletivas, consultas e exames de rotina não irão acontecer. O ato também acontece no Hospital Regional de Araguaína (HRA).<br /> <br /> A paralisação é reflexo da anulação dos efeitos financeiros das progressões e do pagamento dos retroativos de insalubridade, progressão e adicional noturno, alguns dos benefícios atrasados desde 2010. A categoria protesta também contra a falta de condições de trabalho, excessiva jornada de trabalho em decorrência da falta de profissionais, falta de repousos adequados, falta de equipamentos de proteção individual, além de problemas estruturais nas unidades, onde os servidores não têm nem banheiro para utilização e tem que dividir o espaço com os demais pacientes. O governo apresentou uma proposta de parcelar em 18 vezes o pagamento dos benefícios, mas a categoria rejeitou.<br /> <br /> Caso o governo não apresente outra proposta que atenda os anseios da categoria até o dia 5 de abril, os profissionais de enfermagem vão entrar em greve por tempo indeterminado, a partir do dia 6 de abril de 2015.<br /> <br /> <em>“Esse indicativo de greve é um aviso ao Governo"</em>, disse </span><span style="font-size:14px;">a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins, regional de Araguaína, Graziella Ruth de Freitas Sousa, acrescentando que "</span><span style="font-size:14px;">serão mantidos serviços como medicação dos pacientes, curativos de alta complexidade e acompanhamento dos sinais vitais”, <br /> <br /> Na unidade hospital de Araguaína, a diretora do Seet relatou que não há "condições de prestar assistência adequada aos pacientes, pois, falta estrutura física, medicamentos, profissionais e, consequentemente, vários procedimentos estão suspensos". Além disso, o governo não cumpre com a obrigatoriedade do pagamento de adicional noturno e de insalubridade aos profissionais contatados. “É injusto com eles”, disse Graziella.<br /> <br /> A líder sindical relatou também que além da falta de material, alguns são de péssima qualidade. <em>“Tem esparadrapo, por exemplo, que não adere à pele do paciente”</em>, relatou. <br /> <br /> Os hospitais regionais de Paraíso, Gurupi, Porto Nacional, Arraias, Dianópolis, Miracema, Guaraí, Hospital Geral de Palmas, Hospital Dona Regina e Hospital Infantil também paralisaram as atividades.<br /> <br /> <u><strong>Manifestação</strong></u><br /> <br /> No dia 11 de fevereiro de 2015, cerca de </span><span style="font-size:14px;">120 servidores da saúde protestaram em Araguaína, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares. Vestidos de preto, os profissionais saíram às ruas pedindo que</span><span style="font-size:14px;"> o Governo do Estado cumprisse o acordo firmado com a categoria, no ano passado, </span><span style="font-size:14px;">para pagamento dos retroativos das progressões, do adicional noturno e de insalubridade a partir de janeiro de 2015.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Naquela ocasião o Sindicato reclamou da falta de diálogo do Governo do Estado.</span><br />