<span style="font-size:14px;">Metade dos 18 governadores que v&atilde;o tentar se reeleger na disputa de outubro ficou mais rica nos &uacute;ltimos quatro anos, segundo dados entregues &agrave; Justi&ccedil;a Eleitoral no in&iacute;cio do m&ecirc;s. A outra metade, de acordo com as declara&ccedil;&otilde;es de bens, empobreceu.<br /> <br /> O candidato mais enriquecido nos &uacute;ltimos quatro anos &eacute; o governador do Tocantins, Sandoval Cardoso (SDD): seu patrim&ocirc;nio aumentou R$ 11,6 milh&otilde;es. Em 2010, ele declarou que seus bens valiam R$ 2,5 milh&otilde;es. Agora, declarou R$ 14,1 milh&otilde;es, um crescimento de 462%. Suas novas posses incluem uma fazenda de R$ 5,4 milh&otilde;es e uma BMW de R$ 125 mil.<br /> <br /> Na &uacute;ltima elei&ccedil;&atilde;o, Cardoso foi eleito deputado estadual. Em 2014, foi escolhido por seus colegas de Assembleia Legislativa para governar Tocantins depois que o governador Siqueira Campos (PSDB) e o vice, Jo&atilde;o Oliveira (DEM), renunciaram.<br /> <br /> Marconi Perillo (PSDB), governador de Goi&aacute;s, &eacute; o segundo do ranking que leva em conta a evolu&ccedil;&atilde;o patrimonial em quatro anos. Ele ficou R$ 2,1 milh&otilde;es mais rico desde 2010, quando declarou um patrim&ocirc;nio de R$ 1,6 milh&atilde;o. Neste ano, esse valor passou a R$ 3,7 milh&otilde;es, um aumento de 131%. Entre seus novos bens est&atilde;o &quot;bovinos, bufalinos e equinos&quot; avaliados em R$ 1,2 milh&atilde;o.&nbsp;<br /> <br /> O governador do Par&aacute;, Sim&atilde;o Janete (PSDB), tamb&eacute;m faz parte do grupo de candidatos &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o que enriqueceu no per&iacute;odo. Na elei&ccedil;&atilde;o anterior, ele disse que suas propriedades valiam R$ 1,2 milh&atilde;o. Neste ano, passou a R$ 3,2 milh&otilde;es, um crescimento de R$ 1,9 milh&atilde;o ou 153%. Aparecem entre suas novas posses um apartamento de R$ 950 mil, a &quot;aquisi&ccedil;&atilde;o de uma lancha&quot; de R$ 137 mil e cr&eacute;ditos decorrentes de empr&eacute;stimos aos filhos Alberto e Izabela que somam R$ 250 mil.<br /> <br /> Em sua p&aacute;gina no Facebook, Jatene afirmou que em 2014 incluiu na declara&ccedil;&atilde;o entregue &agrave; Justi&ccedil;a Eleitoral os bens de sua mulher, o que explica a diferen&ccedil;a em rela&ccedil;&atilde;o a 2010.<br /> <br /> <u><strong>Crit&eacute;rio.</strong></u><br /> <br /> Para comparar as declara&ccedil;&otilde;es de bens atuais com as anteriores, o Estado atualizou os valores apresentados em 2010 levando em conta a infla&ccedil;&atilde;o do per&iacute;odo. Os n&uacute;meros (saldos em conta corrente, dinheiro em esp&eacute;cie, poupan&ccedil;a e investimentos de renda fixa) foram corrigidos de acordo com a varia&ccedil;&atilde;o do IPCA. N&atilde;o foram corrigidos im&oacute;veis, ve&iacute;culos, a&ccedil;&otilde;es e outros bens cuja valoriza&ccedil;&atilde;o ou desvaloriza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o pode ser calculada com base em &iacute;ndices econ&ocirc;micos regulares.<br /> <br /> <u><strong>Mais pobres. </strong></u><br /> <br /> Entre os governadores candidatos &agrave; reelei&ccedil;&atilde;o que declararam ter perdido patrim&ocirc;nio no per&iacute;odo de quatro anos, o que mais &quot;empobreceu&quot; foi Conf&uacute;cio Moura (PMDB), de Rond&ocirc;nia. Ele declarou um patrim&ocirc;nio de R$ 9,3 milh&otilde;es em 2010. Agora, foi a R$ 6,5 milh&otilde;es, uma redu&ccedil;&atilde;o de R$ 2,8 milh&otilde;es, ou 30%. A compara&ccedil;&atilde;o das declara&ccedil;&otilde;es de 2010 e 2014 mostra que a diferen&ccedil;a &eacute; quase correspondente &agrave; redu&ccedil;&atilde;o do valor do &quot;t&iacute;tulo da d&iacute;vida agr&aacute;ria&quot; em posse do deputado, que caiu de R$ 5,3 milh&otilde;es para R$ 2,5 milh&otilde;es.<br /> <br /> Procurado pela reportagem, Moura explicou que esse t&iacute;tulo refere-se &agrave; compra de uma fazenda sua pelo Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o e Reforma Agr&aacute;ria (Incra). Ele disse que aceitou vender a propriedade porque ela estava ocupada h&aacute; muito tempo pela Via Campesina e teve preju&iacute;zo. &quot;Hoje tenho uma fazenda menor. Fa&ccedil;o arrendamento de pastagens. Mantenho um rebanho menor, em terra alugada&quot;, disse Moura.<br /> <br /> O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), perdeu R$ 466 mil e viu o valor de seu patrim&ocirc;nio cair 25% desde 2010, quando declarou ter R$ 1,8 milh&atilde;o. Agora, ele afirma ter R$ 1,4 milh&atilde;o. Entre os bens que deixaram de constar em sua declara&ccedil;&atilde;o est&atilde;o 994 cabe&ccedil;as de gado que, em 2010, ele disse valer R$ 397 mil.</span>