<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> O Tocantins está entre os noves Estados da Federação que chegarão ao final de 2014 mais endividados. O levantamento foi realizado pelo Uol e publicado neste domingo, 9 de agosto, pelo jornalista Carlos Madeiro.<br /> <br /> Segundo o levantamento, a dívida do jovem Estado do Tocantins está em R$ 1,1 bilhão, crescimento de 3% em pouco mais de três anos. Em 2010, 16% da receita corrente líquida do Estado já estava comprometida com empréstimos e financiamentos. Até abril de 2014, esse percentual subiu para 19%.<br /> <br /> <u>Confira na íntegra a reportagem:</u></span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Nove dos 27 governadores devem entregar aos seus sucessores, no dia 1º de janeiro de 2015, um Estado mais endividado do que encontraram. Segundo o Tesouro da Fazenda as 27 unidades da federação deviam, no final de 2013, nada menos que R$ 500 milhões.<br /> <br /> O nível de endividamento de um Estado é calculado na comparação com a receita corrente líquida. É uma conta similar à de qualquer cidadão: Se você tem uma renda de R$ 1.000, e paga R$ 300 por mês de dívidas (compromete 30%), está mais endividado do que outro que ganhe R$ 2.000 e paga R$ 500 mensais (25%).<br /> <br /> No caso dos Estados, a comparação foi feita com base em dados do balanço final de 2010 e de abril de 2014. Nesse período, Acre, Amapá, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins passaram a comprometer percentualmente mais a receita com a dívida.<br /> <br /> Segundo o economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Alexandre Manoel, mais endividados, os Estados passam a pagar prestações maiores, comprometendo ainda mais os apertados orçamentos das unidades e reduzindo, teoricamente, o poder de investimento futuro.<br /> <br /> <em>"Os governos têm de pagar, de acordo com o prazo previsto no contrato. Mas nem sempre isso é automático. A maioria dos empréstimos tem carência de dois a cinco anos"</em>, explica.<br /> <br /> Procurados pelos UOL, cinco Estados responderam aos questionamentos do UOL.Todos alegaram estar com margem de financiamento dentro do limite. Acre, Amapá, Rondônia e Tocantins não responderam à solicitação.<br /> <br /> Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, apenas os Estados com comprometimento superior a 200% de sua receita estão impossibilitados de pedir novos financiamentos. O único do país, segundo balanço do primeiro quadrimestre, é o Rio Grande do Sul.<br /> <br /> <u><strong>Dívidas dos Estados: 499 bilhões de reais</strong></u><br /> <br /> Os dados mostram que oito dos nove Estados que aumentaram o endividamento são do Norte ou Nordeste. O caso com maior aumento foi Roraima, que segundo balanço do final de 2010 comprometia 4% da receita e agora compromete 21%.<br /> <br /> Segundo Manoel, a explicação para o aumento de endividamento viria de uma oferta de créditos a juros subsidiados.<br /> <br /> Para ele, o fato de serem Estados mais pobres traz dificuldades de investimentos com recursos próprios, e os governos usam os empréstimos para realizar ações.</span><br /> <span style="font-size:14px;"><em>"Esses Estados são mais dependentes de repasses federais. Quando eles têm margem de pagamento, e existe uma boa oportunidade no mercado, eles captam esse recurso. Dentro da margem, não há uma situação preocupante. Se bem investido, o recurso tende a dar retorno"</em>, afirma.<br /> <br /> O economista afirmou que, hoje, os empréstimos são sempre vinculados a projetos específicos.<em> "Isso é praxe, especialmente quando se trata, por exemplo, de empréstimos junto a organismos internacionais, que são muito criteriosos. para aprovar investimentos, eles querem uma taxa de retorno alto ou retorno social maior que o privado",</em> avalia.<br /> <br /> O economista afirmou que, hoje, os empréstimos são sempre vinculados a projetos específicos. "<em>Isso é praxe, especialmente quando se trata, por exemplo, de empréstimos junto a organismos internacionais, que são muito criteriosos. para aprovar investimentos, eles querem uma taxa de retorno alto ou retorno social maior que o privado", </em>avalia.<br /> <br /> <em> </em></span><img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/quadro.png" style="font-size: 14px; width: 600px; height: 1233px;" />