<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Em sinal de desespero, o Governo do Estado está fazendo várias investidas para desqualificar o movimento grevista dos professores da rede estadual de ensino, que começou nesta segunda-feira (25).<br /> <br /> De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), um levantamento realizado nas 13 Diretorias Regionais de Gestão e Formação (DRGFs) mostra que o movimento grevista do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet) não teve adesão em toda a rede estadual.<br /> <br /> A Secretaria disse que os dados referentes ao primeiro dia do movimento mostram que 32,4% das escolas estaduais não aderiram, havendo aulas normalmente em todas as regiões do Estado e em diferentes municípios. Ainda conforme os dados, 1,5% das escolas aderiram apenas parcialmente, havendo aulas em parte das disciplinas.<br /> <br /> <strong><u>Adesão nas regionais</u></strong><br /> <br /> Conforme a Seduc, na regional de Pedro Afonso, que compreende sete municípios. 71,4% das escolas estão com as aulas sendo ofertadas normalmente. Em Miracema, 59,3% também não tiveram alteração no calendário de aulas. Em Colinas, a Seduc disse que quase metade das escolas, 44,44%, não aderiram ao movimento. Na Diretoria de Gurupi, que compreende 17 municípios, 43,5% das escolas tiveram aulas normalmente.<br /> <br /> Em praticamente todos os casos, os argumentos citados pela Seduc para a não adesão ao movimento grevista são sempre os mesmos, ou seja, o Tocantins paga o 2º melhor salário do país.<br /> <br /> <u><strong>Araguaína</strong></u><br /> <br /> <img alt="" src="http://www.afnoticias.com.br/administracao/files/images/foto%207%20-%20elias%20oliveira%20(1).JPG" style="width: 300px; height: 275px; border-width: 0px; border-style: solid; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: left;" />Para o diretor regional de Gestão e Formação de Araguaína, José da Guia, os professores que não trabalharam nesta segunda-feira, 24, podem retomar em breve as atividades. <em>“Esta greve não é unificada e os pais não foram consultados. Se fossem ouvidos, todos saberiam que eles são contra qualquer paralisação”</em>, avaliou. <em>“Por aqui, seguimos tratando o caso com muito diálogo e acreditamos que logo todas as escolas voltam às atividades</em>”, afirmou o diretor regional.<br /> <br /> <u><strong>Terrorismo e reposição de aulas</strong></u><br /> <br /> A Secretaria Estadual de Educação afirmou que as escolas terão que repor os dias letivos perdidos para que o movimento grevista não atrapalhe o andamento do calendário escolar de 200 dias letivos e o aproveitamento dos estudantes.<br /> <br /> Para aterrorizar os alunos, a Secretaria informou que a reposição poderá ocorrer aos sábados e, se for necessário, em parte do período de férias, em julho.<br /> <br /> <u><strong>Propostas</strong></u><br /> <br /> A Secretaria informou que muitas das demandas do Sintet já tiveram andamento, como a reivindicação quanto ao Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS). A Secad já sinalizou que pode apresentar PCCS único para professores e técnicos administrativos da área da Educação. O Plano está em análise e na reunião do próximo dia 31 serão discutidas as regras específicas, entre outras questões.<br /> <br /> A Seduc disse que já se posicionou favorável à reivindicação de eleição para diretores nas escolas. A proposta é que na reunião já marcada para 31 de março sejam definidas as pautas de trabalho para elaboração de projeto cujo objetivo será regulamentar os requisitos e etapas do processo.<br /> <br /> Sobre a data base, a Secad aguarda a definição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de abril para que os cálculos sejam feitos. A Lei 2.708/2013 fixa em 1º de maio a data para revisão geral anual da remuneração dos servidores e determina que para a reposição salarial referente ao ano de 2014 seja considerado o valor do INPC apurado entre os meses de outubro de 2012 e abril de 2014.</span>