O Sintet afirmou que solicitou informações à Seduc sobre a segurança ofertada aos profissionais, mas não obteve resposta.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) disse que a segurança de professores que atuam no Sistema Penitenciário é uma preocupação antiga.
Em junho deste ano, o sindicato encaminhou um ofício à Secretaria de Estado da Educação (Seduc) cobrando informações sobre a estrutura de segurança assegurada aos profissionais, qual a forma de seleção para contratação e se há alguma formação para atuação nas prisões.
O documento foi tornado público pelo próprio sindicato após a professora Elisângela Mendes Sobrinho, de 43 anos, ser feita de refém por detentos do Presídio Barra da Grota, em Araguaína, na rebelião dessa terça-feira (02).
Ela é pedagoga e trabalha na Seduc como professora de educação básica, em regime de contrato.
Além das solicitações feitas, o Sintet também afirmou que cobrou informações à Seduc se o Estado assegura aos profissionais o auxílio periculosidade e qual a situação funcional (efetivos ou contratos) destes profissionais.
Segundo o sindicato, a pasta não respondeu o ofício até o momento.
Em reunião do Comitê Estadual de Educação em Prisões no Tocantins (COMEP-TO), realizada em junho deste ano, o secretário-geral do Sintet, Carlos de Lima Furtado, também questionou se havia condições físicas adequadas para o oferecimento da educação básica nas unidades.
“Precisamos averiguar sobre quais as condições são asseguradas aos profissionais da educação dentro dos presídios”, questionou Furtado.
O presidente do Sintet, José Roque Santiago, comentou a situação. “As demandas da educação são constantemente evidenciadas no dia a dia dos profissionais, como no caso da professora que hoje se encontra refém. Reafirmamos que se a gestão ouvisse nossas reivindicações protocoladas pelo sindicato e buscasse o diálogo, certamente teríamos outras realidades”, disse.
O Sintet finalizou afirmando que torce para que a professora seja resgatada o quanto antes.