Rebelião no Barra da Grota

Segurança de professores que atuam em presídios é preocupação antiga, diz Sintet

O Sintet afirmou que solicitou informações à Seduc sobre a segurança ofertada aos profissionais, mas não obteve resposta.

Por Agnaldo Araujo 3.034
Comentários (0)

03/10/2018 13h52 - Atualizado há 5 anos
Professora Elisângela Mendes Sobrinho

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) disse que a segurança de professores que atuam no Sistema Penitenciário é uma preocupação antiga.

Em junho deste ano, o sindicato encaminhou um ofício à Secretaria de Estado da Educação (Seduc) cobrando informações sobre a estrutura de segurança assegurada aos profissionais, qual a forma de seleção para contratação e se há alguma formação para atuação nas prisões.

O documento foi tornado público pelo próprio sindicato após a professora Elisângela Mendes Sobrinho, de 43 anos, ser feita de refém por detentos do Presídio Barra da Grota, em Araguaína, na rebelião dessa terça-feira (02)

Ela é pedagoga e trabalha na Seduc como professora de educação básica, em regime de contrato.

Além das solicitações feitas, o Sintet também afirmou que cobrou informações à Seduc se o Estado assegura aos profissionais o auxílio periculosidade e qual a situação funcional (efetivos ou contratos) destes profissionais.

Segundo o sindicato, a pasta não respondeu o ofício até o momento.

Em reunião do Comitê Estadual de Educação em Prisões no Tocantins (COMEP-TO), realizada em junho deste ano, o secretário-geral do Sintet, Carlos de Lima Furtado, também questionou se havia condições físicas adequadas para o oferecimento da educação básica nas unidades.  

Precisamos averiguar sobre quais as condições são asseguradas aos profissionais da educação dentro dos presídios”, questionou Furtado.

O presidente do Sintet, José Roque Santiago, comentou a situação. “As demandas da educação são constantemente evidenciadas no dia a dia dos profissionais, como no caso da professora que hoje se encontra refém. Reafirmamos que se a gestão ouvisse nossas reivindicações protocoladas pelo sindicato e buscasse o diálogo, certamente teríamos outras realidades”, disse.

O Sintet finalizou afirmando que torce para que a professora seja resgatada o quanto antes. 

Ofício do sindicato

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.