Serviço de raio X custa 13 vezes mais do que o normal com terceirização em Palmas
Por Redação AF
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07/08/2015 09h23 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">A Prefeitura de Palmas (TO) gasta R$ 384 mil por mês para manter uma equipe de oito a 14 técnicos em Radiologia em três unidades de saúde do município. Uma equipe como esta custaria normalmente R$ 30 mil por mês. O contrato foi firmado com a Techcapital Diagnóstica & Equipamentos Médico-hospitalares e vale mais de R$ 4 milhões pelo período de um ano.<br /> <br /> Ao passar por um processo de licitação, esperava-se que a empresa que oferecesse o serviço pelo menor preço venceria. Mas de acordo com os profissionais da área que atuam em Palmas, a Techcapital monopoliza os serviços radiológicos da cidade há mais de 20 anos.<br /> <br /> O acordo com a empresa apresenta indícios de superfaturamento, na opinião da presidente do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia. Valdelice Teodoro defende que a contratação deva ser investigada por autoridades locais. Além disso, a terceirização de atividade-fim na área da saúde é ilegal.<br /> <br /> Em fevereiro deste ano, o Centro Radiológico de Brasília foi condenado a pagar R$ 700 mil de indenização pelo mesmo tipo de terceirização. Os serviços de radiodiagnóstico devem ser executados por profissionais contratados diretamente pela administração, sem o intermédio de empresas, por meio de concurso público.<br /> <br /> Em 2013, a prefeitura de Palmas assinou um TAC em que se compromete a contratar servidores apenas mediante a concurso público. Do contrário, deveria pagar uma multa de R$ 50 mil. Um edital para a seleção de técnicos em Radiologia chegou a ser lançado em dezembro do mesmo ano e as provas foram realizadas em abril de 2014. Mas até agora, nenhum dos aprovados foi convocado.<br /> <br /> Será que a Techcapital ‘roubou’ a vaga daqueles que deveriam trabalhar após vencer o concurso público? Uma das pessoas que passou no exame denuncia:<em> “Já fui ao Ministério Público várias vezes e me dizem que não podem fazer nada, apesar de saberem que o contrato é suspeito. O secretário de saúde, o senhor Luiz Carlos Alves Teixeira, se recusa a receber as pessoas para discutir o assunto, afirma que não vai chamar ninguém. Perdi as esperanças de os aprovados assumirem, pois existe conluio com essa empresa</em>”.<br /> <br /> As informações são da Agência Estado.</span>