<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">Esta última quinta-feira, 06, foi marcada no Tocantins pela paralisação de todas as categorias do funcionalismo público em em reivindicação ao pagamento do reajuste anual dos servidores, data-base, pelo governo do Estado. Os 16 sindicatos que representam todas as categorias de trabalhadores participaram da manifestação.<br /> <br /> Em Araguaína, alguns prédios públicos e sedes sindicais estenderam faixas pretas em luto frente ao que denominam “descaso do poder público estadual”.<br /> <br /> O <strong><em>AF Notícias</em></strong> conversou com o presidente regional do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação (Sintet), Jesulê Guida, que avaliou de forma positiva a paralisação e disse ainda que a categoria está pronta para cruzar os braços caso o governo não pague a data-base. <em>“Essa paralisação prova a falta de compromisso do governo com o não cumprimento da data-base, com o não pagamento das progressões, o não cumprimento com o pessoal remanescente de Goiás, a não revisão do Plano de Carreira e muitos outros direitos que estão sendo esquecidos”</em>, afirmou Jesulê.<br /> <br /> O presidente do Sintet disse também que não concorda com a proposta do governo de parcelar a data-base em 12 ou 18 vezes, visto que o Estado possui recursos suficientes para proporcionar e garantir os benefícios ao funcionalismo público. <em>“Não queremos nada mais do que nosso direito”</em>, garantiu. O representante sindical criticou também a falta de efetivo e equipamentos para que categorias como polícia, saúde e educação, prestem um bom trabalho à sociedade.<br /> <br /> <u><strong>Paralisação geral em 2013</strong></u><br /> <br /> Conforme informou Jesulê Guida, já está prevista para o dia 16 de janeiro de 2013 uma assembleia para discutir uma paralisação geral no Estado. <em>“A partir daí nós já vamos discutir os detalhes da paralisação. A greve já está aprovada e hoje serve para mostrar que estamos dispostos a parar caso o governo não crie responsabilidade administrativa como manda a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Lei do Piso Salarial, lembrando que o Tocantins está entre os estados que não cumpre o piso. Portanto, respeita os direitos dos servidores ou entramos em greve geral a partir de fevereiro”</em>, afirmou.<br /> <br /> Segundo o governo, todos os benefícios dos servidores públicos foram mantidos e ainda ampliados. No entanto, o presidente do Sintet disse que não é verdade, visto que a educação tem decaído a cada dia. <em>“Hoje temos um elevado número de alunos por sala de aula, não temos bibliotecas com um acervo de qualidade, não há capacitação para os professores e não temos gestão democrática nas escolas. Os artigos 205 e 206 da Constituição não estão sendo respeitadas, nem a LDB e nem o Plano de Carreira. O governo só ampliou a quantidade de trabalho que está afetando diretamente a qualidade da educação”</em>, destacou.<br /> <br /> <u><strong>Redução da carga horária</strong></u><br /> <br /> <em>“A redução da carga horária de 32 por 8 para 24 por 16 é positiva, essa é uma luta nossa há muito tempo. Só que o governo pegou esse projeto e aumentou a hora-aula de 50 minutos para 60 e mudou a estrutura curricular reduzindo o número de aulas por disciplina. Isso consequentemente vai gerar mais cansaço aos professores e aumentar o trabalho tanto em sala quanto fora. Mas, o pior disso tudo não é o aumento de 10 minutos em cada aula, é a redução no número de aulas por disciplina. Significa que o professor precisará de mais turmas para completar sua carga-horária, consequentemente mais diários, mais provas para elaborar e corrigir. Então o governo tá dando com uma mão e retirando com a outra. Nós queremos benefícios de forma efetiva”</em>, finalizou Jesulê Guida.</span></div>