<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás repudiou, em nota, a atitude do governo do Estado de determinar, por meio de portaria, que os policiais civis do Tocantins em greve entregassem as armas e demais equipamentos usados em trabalho. A portaria conjunta 001/2015, publicada na sexta-feira, 13, no Diário Oficial do Estado, foi assinada pelos titulares das secretarias de Segurança Pública e Defesa Social.<br /> <br /> <em>"É inadmissível que uma categoria de tão suma importância possa ser subjugada a tão mesquinho e desrespeitoso ato de imoralidade e irresponsabilidade da administração pública estadual"</em>, diz um trecho da nota.<br /> <br /> O Sinpol de Goiás diz ainda que se coloca </span><span style="font-size:14px;">absolutamente contrário a um governo que "unilateralmente ataca, julga e se indispõe com seus servidores", a pretexto de se tratarem de uma "categoria insurgente".</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">O sindicato goiano ressalta ainda que a preservação da ordem pública</span><span style="font-size:14px;"> "somente será estabelecida com o recíproco respeito".</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Em apenas dois dias, cerca de 85% dos policiais civis já entregaram suas armas, atendendo a determinação do governador Marcelo Miranda. </span><span style="font-size:14px;">Mesmo sem estar em greve, vários delegados do Estado também já entregaram suas armas. Com isso, nem os flagrantes estão sendo recebidos nas Delegacias. </span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;">Em greve há 20 dias, os policiais protestam contra a suspensão, por decreto, dos efeitos da lei nº 2.851/2014, que </span><span style="font-size:14px;">faz o alinhamento das carreiras ao nível superior, deixando um só nível em toda a corporação.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Greve</strong></u><br /> <br /> A greve começou no dia 25 de fevereiro e, segundo o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho, vai continuar enquanto não houver uma proposta concreta do governo do Estado para restabelecer as conquistas arrancadas pelo decreto.<br /> <br /> Conforme a categoria, a lei suspensa regulamenta conquista histórica dos policiais civis, com o alinhamento da carreira de cerca de 1,3 profissionais. O alinhamento foi promovido pelo próprio governador Marcelo Miranda em 2007, na sua penúltima gestão. Porém, só foi regulamentação da conquista se arrastou por todos os governos seguintes e só veio a ocorrer em abril do ano passado, para ter efeitos financeiros parcelados em quatro vezes a partir de 2015.<br /> <br /> A parcela de 2015 do alinhamento corresponde a apenas 1% da folha de pagamento do Estado e representa cerca de 21% do que o Estado tem para gastar com o pagamento de salários de cargos comissionados.</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Confira a íntegra da nota do Sinpol-GO:</strong></u><br /> <br /> <em>"O SINPOL-GO vem a público repudiar as ações e manifestações atuais do Governo do Estado do Tocantins, no que concerne às determinações contidas no Diário Oficial n. 2.336, de 13/03/2015, dos então Secretários de Segurança Pública e de Estado da Defesa e Proteção Social daquele Estado. É inadmissível que uma categoria de tão suma importância possa ser subjulgada a tão mesquinho e desrespeitoso ato de imoralidade e irresponsabilidade da administração pública estadual. Às entidades classistas cabe perseverar na preservação de direitos de suas respectivas categorias. Portanto, nos colocamos absolutamente contrários a um governo que unilateralmente ataca, julga e se indispõe com seus servidores, a pretexto de alegarem se tratarem de uma categoria insurgente, determinando por consequência a entrega de suas ferramentas de trabalho. É preciso preservar a ordem pública, e esta somente será estabelecida com o recíproco respeito.<br /> <br /> SINPOL-GO LIVRE E TRANSPARENTE"</em></span><br />