<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u>Arnaldo Filho</u><br /> Opinião<br /> <br /> Superado seus 84 anos, o governador Siqueira Campos mantém vivíssima sua prepotência para se autodenominar o criador do Tocantins e a arrogância para reprimir com violência qualquer provocação, crítica ou manifestação.<br /> <br /> Siqueira tem milhares de motivos para respeitar seus semelhantes um pouco mais a cada dia. Dentre eles, por ser um dos maiores líderes que lutou pela criação do Estado e ter sido eleito três vezes governador pelo voto popular.<br /> <br /> O líder que se preze deve ter a honradez de preservar a confiança do seu povo e a prudência, além da tolerância, para deixar sempre em evidência seu verdadeiro espírito de liderança. Mas não é isso o que o governador Siqueira Campos demonstrou ao irritar-se com uma simples manifestação, que, diga-se de passagem, quebrou o protocolo de suas reuniões, onde a ação de seus súditos resume-se a acatar ordens, baixar a cabeça e aplaudir no momento certo.<br /> <br /> A ação de Siqueira Campos demostra seu caráter egocêntrico, o ódio que se aflora ao ser questionado e deixa uma interrogação quando o assunto é o pleno gozo das faculdade mentais, além de não possuir humildade para extrair uma boa lição da críticas. Atacar verbalmente pessoas usando palavras como “vagabundos” e “usuários de crack” demostra um descontrole emocional que foi externado através de práticas ditatoriais.<br /> <br /> Mas, essa não foi a primeira vez em que o governador, deste jovem Estado, deu um péssimo exemplo. Jogar microfone em estudante; agredir pessoas em caminhadas políticas; puxar as orelhas de jornalista; mandar repórter fazer perguntas ao diabo; mandar polícia invadir universidade; chamar Exército para confrontar PM e chamar apresentador de TV de picareta. Estas são algumas das atitudes que Siqueira carrega em seu histórico.<br /> <br /> Sem contar a forma rude, truculenta e deselegante com que expõe até secretários e assessores, seja nas entrevistas, visitas pelo Estado ou lançamento de obras. Hora ou outra alguém fica envergonhado ao ser chamado atenção ou reclamado em público pelo Governador, isso quando não recebe um empurrão. Diz um velho ditado que o bom <em>“líder é aquele que elogia em público e chama a atenção às escondidas”.</em><br /> <br /> Uma manifestação com cartazes, e digamos até provocações, é a coisa mais comum e natural de um Estado Democrático de Direito, ainda mais quando o manifesto se destina a cobrar o cumprimento de promessas eleitorais. Neste mesmo Estado Democrático de Direito, jamais esperamos uma reação regada a palavras baixas externadas de um descontrole emocional por parte de um homem público, destaque-se: a maior autoridade de um Estado.<br /> <br /> O péssimo exemplo do Governador Siqueira Campos contrasta de forma radical com a figura do “Siquerido”, personagem alegre, dócil e com um coração de criança, que outrora "reconsquistou" o perdão e a confiança do povo, principalmente de Araguaína onde obteve maioria de votos. <br /> <br /> Atitude lamentável!</span></div>