Paraíso

Sobre polêmica em hospital, Polícia Civil diz que médicos não poderiam negar exame

Policiais foram acusados de ameaçar e constranger médicos.

Por Redação 745
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21/09/2020 17h13 - Atualizado há 3 anos
Hospital Regional de Paraíso

A Polícia Civil do Tocantins afirmou que os agentes acusados pelo Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM-TO) de ameaçar e constranger médicos dentro do Hospital Regional de Paraíso agiram dentro da lei e negou abusos.

O caso denunciado pelo CRM-TO teria ocorrido no dia 14 de setembro no momento em que dois agentes conduziam um preso ao setor de urgência e emergência do hospital para realização de exame pericial em decorrência de lesão corporal, o que foi negado pelos profissionais.

Em nota assinada pela 62ª Delegacia de Polícia de Paraíso, a Polícia Civil disse que o preso estava detido no Complexo de Delegacias e precisava fazer o exame de corpo de delito para que pudesse ser encaminhado à Casa de Prisão Provisória.

Conforme a nota, os agentes agiram com base no poder de requisição do delegado, bem como no poder de nomeação de perito Ad Hoc, ‘tarefa que não poderia ser negada com base nos argumentos apresentados pelo médico’.

A Polícia Civil frisou também que a requisição do exame de corpo de delito direcionado ao Hospital Regional de Paraíso buscou, entre outros objetivos, garantir a segurança dos policiais ao evitar que eles se deslocassem para a Capital e para que a Central de Atendimento da Polícia Civil não ficasse desguarnecida por tanto tempo. 

A Diretoria de Polícia do Interior acrescenta que o caso está sendo tratado junto aos órgãos competentes a fim de que seja priorizada a cooperação entre as instituições”, finalizou a Polícia Civil.

Segundo o CRM, o exame solicitado pelos policiais é "ato sabidamente diverso da natureza dos serviços prestados no hospital regional por contrariar os ditames da Resolução CRM-TO n° 102/2018, que veda o médico plantonista de realizar tal procedimento durante o período de trabalho”.

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