Tocantins

STJ afasta governador Mauro Carlesse por seis meses; PF faz buscas na sua residência

Carlesse é suspeito de obstruir investigação de um esquema de corrupção.

Por Redação 5.376
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20/10/2021 08h20 - Atualizado há 2 anos
Governador Mauro Carlesse é afastado do cargo

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell determinou o afastamento do governador do Tocantins Mauro Carlesse (PSL), por seis meses, no âmbito de uma investigação sobre uma suposta organização criminosa que teria obstruído investigações sobre pagamento de propina e corrupção relacionada à cúpula do Governo do Estado. 

Campbell levará sua decisão ao plenário da Corte Especial do STJ nesta quarta para que o colegiado referende ou não o afastamento do governador. São necessários 10 de 15 votos para confirmar a decisão. 

O ministro ainda autorizou a realização de busca e apreensão contra ele. Duas operações foram deflagradas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal nesta quarta-feira (20), que faz buscas contra os investigados. Os inquéritos tramitam sob sigilo na Corte Especial do STJ.

ENTENDA TUDO SOBRE A OPERAÇÃO

A PF está cumprindo mandados de busca em endereços ligados ao governador para aprofundar as investigações. Não há mandado de prisão contra Mauro Carlesse.

Além do governador, também há mandados de busca e apreensão contra secretários estaduais, dentre eles Cristiano Sampaio, que é delegado da Polícia Federal e titular da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP).

De acordo com o STJ, as apurações indicaram "a presença de fortes indícios do pagamento de vantagens indevidas ligadas ao Plano de Saúde dos Servidores do Estado do Tocantins e a estrutura montada para a lavagem de ativos, bem como a integralização dos recursos públicos desviados ao patrimônio dos investigados".

“As investigações, iniciadas há quase dois anos, reuniram um vasto conjunto de elementos que demonstram um complexo aparelhamento da estrutura estatal voltado a permitir a continuidade de diversos esquemas criminosos comandados pelos principais investigados”, registrou o STJ em nota.

As operações "buscam interromper a continuidade das ações criminosas, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios, resguardar a aplicação da lei penal, a segurança de testemunhas e a retomada das Instituições Públicas".

A investigação estima que cerca de R$ 44 milhões tenham sido pagos a título de propina.

O vice-governador Wanderlei Barbosa deve assumir o comando do Palácio Araguaia durante o período do afastamento de Carlesse.

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