<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Avaliada com a 2ª pior instituição de ensino do Brasil, no ranking geral, e pior entre as instituições de ensino públicas, segundo <a href="http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-piores-universidades-do-brasil-segundo-o-mec" target="_blank">divulgado pelo MEC em dezembro do ano passado</a>, a Universidade do Tocantins (Unitins) passa por uma situação delicada. Com um quadro docente composto em <a href="http://www.unitins.br/portal/transparencia/servidores.aspx" target="_blank">mais de 90% por professores contratados/temporários</a>, a Unitins caminha a passos largos para ser "rebaixada" a centro universitário ou faculdade, perdendo assim o status de universidade.<br /> <br /> Mesmo com professores devidamente aprovados em concurso público de provas e títulos, na maioria mestres e doutores, ainda não há sequer previsão para substituição dos contratos temporários.<br /> <br /> Caso não ocorra a nomeação e posse dos professores concursados, até o dia 30 de março de 2015, a Unitins também corre o risco de pagar multa de até R$ 1,2 milhão por mês, por descumprir Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com a Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região.<br /> <br /> Além disso, a Unitins ainda descumprirá o <a href="http://www.unitins.br/portal/legislacao/PDI_2012_2016_UNITINS_APROVADO_EM%20VIGENCIA.pdf" target="_blank">Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2012-2016)</a> ao não efetivar a posse de professores concursados. O plano prevê que a universidade tenha em seu quadro de docentes um total 125 professores efetivos. No entanto, ainda que todos os aprovados sejam convocados, esse número não será alcançado, tendo em vista que o concurso ofereceu 87 vagas, e destas somente 66 foram preenchidas.<br /> <br /> O período letivo está marcado para iniciar em 5 de fevereiro, mas a universidade ainda não se manifestou sobre a substituição dos contratos temporários.<br /> <br /> Para os candidatos aprovados no concurso, a situação de "calamidade" na Unitins atinge principalmente os alunos da instituição, uma vez que estão deixando de ter aulas com professores qualificados e aprovados em concurso público.<br /> <br /> Cerca de 77% dos aprovados no concurso residem em outros estados. <em>“A posse dos docentes neste concurso representa ainda uma economia ao erário”</em>, argumentam os aprovados.<br /> <br /> Documento encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) mostra que o gasto mensal da Unitins com professores do quadro suplementar e temporários chega a R$ 951.635,94 mensalmente e R$ R$ 11.419.631,24 anual. Já o concurso público prevê um impacto mensal de R$ 886.345,01 com um consequente impacto anual de R$ 10.636.140,07. <em>“Ou seja, manter o quadro de docentes contratados, na prática representa um grande prejuízo para o estado do Tocantins”</em>, ressaltam os aprovados.<br /> <br /> O concurso foi realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul e foi alvo de questionamentos junto ao Tribunal de Justiça (TJTO) e Tribunal de Contas do Estado (TCE). No entanto, a juíza Flavia Afini Bovo <a href="https://consultaeproc.tjto.jus.br/eprocV2_prod_1grau/externo_controlador.php?acao=processo_seleciona_publica&acao_origem=processo_consulta_publica&acao_retorno=processo_consulta_publica&num_processo=00303623120148272729&num_chave=&num_chave_documento=&hash=2b1a58a2fd5a5d3996721afceae3cc64" target="_blank">negou o pedido de suspensão liminar</a> do certame. A <a href="http://www.tce.to.gov.br/e-contas/processo/DocumentosProcSite.php?numero=4986&ano=2014&scriptCase=S" target="_blank">tramitação junto ao TCE</a> teve manifestação das partes e aguarda decisão.</span>