Os agentes apreenderam uma carabina, um revólver, documentos, celulares e várias CNHs
O delegado titular da DEIC Norte, José Anchieta disse que o vereador Gilmar Oliveira Costa, conhecido como Gilmar da Autoescola (PSC), era o líder do esquema criminoso de compra e venda de carteiras de habilitação em Araguaína, norte do Tocantins.
“Ele era o líder da organização criminosa, era quem conseguia as pessoas para tirar o documento e entrava em contato com os demais funcionários, tanto das autoescolas como do Detran, para que fossem burlados os procedimentos obrigatórios”, disse o delegado.
A princípio, não há vínculo entre a atividade política do vereador e o esquema criminoso. "Muitas pessoas o procuravam por ser uma pessoa pública, mas não há nenhum vínculo da política, nem do Legislativo Municipal com a investigação", acrescentou.
O vereador está entre os oito presos e ficará recolhido no 2º Batalhão de Polícia Militar por possuir diploma de curso superior. Os demais serão encaminhados para a CPPA e Cadeia Feminina de Babaçulândia.
A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), com o apoio da Polícia Civil.
Os agentes apreenderam duas armas de fogo (uma carabina e um revólver), documentos, celulares e várias carteiras de habilitação adquiridas por meios fraudulentos.
Os objetos foram encontrados na residência do vereador, no gabinete dele na Câmara Municipal, no Detran e na casa dos demais presos.
Com a apreensão dos materiais, os investigadores esperam alcançar os 'clientes' que foram beneficiados com a compra das carteiras. As CNHs custavam de R$ 3 mil a R$ 4 mil.
Pela participação na Ciretran, foram presos os servidores Hélio Marcos Ferreira Sousa, Irismar Rodrigues, Célio Raildo Pereira Ribeiro, Jaésia Alves Oliveira, Fábio Fernandes Barroso e Alex André Escobar Morales. Nenhum é servidor de carreira do órgão.
As prisões temporárias têm prazo de cinco dias, sendo passíveis de renovação. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Araguaína, a partir de Ação Cautelar de Busca e Apreensão e de Representação por Prisão Temporária, proposta pelo Ministério Público Estadual.