Operação

Delegado aponta vereador como líder do esquema de compra e venda de CNHs em Araguaína

Os agentes apreenderam uma carabina, um revólver, documentos, celulares e várias CNHs

Por Agnaldo Araujo 4.573
Comentários (0)

13/09/2018 11h15 - Atualizado há 5 anos
Vereador Gilmar da Autoescola

O delegado titular da DEIC Norte, José Anchieta disse que o vereador Gilmar Oliveira Costa, conhecido como Gilmar da Autoescola (PSC), era o líder do esquema criminoso de compra e venda de carteiras de habilitação em Araguaína, norte do Tocantins. 

Ele era o líder da organização criminosa, era quem conseguia as pessoas para tirar o documento e entrava em contato com os demais funcionários, tanto das autoescolas como do Detran, para que fossem burlados os procedimentos obrigatórios”, disse o delegado.

A princípio, não há vínculo entre a atividade política do vereador e o esquema criminoso. "Muitas pessoas o procuravam por ser uma pessoa pública, mas não há nenhum vínculo da política, nem do Legislativo Municipal com a investigação", acrescentou. 

O vereador está entre os oito presos e ficará recolhido no 2º Batalhão de Polícia Militar por possuir diploma de curso superior. Os demais serão encaminhados para a CPPA e Cadeia Feminina de Babaçulândia. 

A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE), com o apoio da Polícia Civil.

Os agentes apreenderam duas armas de fogo (uma carabina e um revólver), documentos, celulares e várias carteiras de habilitação adquiridas por meios fraudulentos.

Os objetos foram encontrados na residência do vereador, no gabinete dele na Câmara Municipal, no Detran e na casa dos demais presos.

Com a apreensão dos materiais, os investigadores esperam alcançar os 'clientes' que foram beneficiados com a compra das carteiras. As CNHs custavam de R$ 3 mil a R$ 4 mil.

Pela participação na Ciretran, foram presos os servidores Hélio Marcos Ferreira Sousa, Irismar Rodrigues, Célio Raildo Pereira Ribeiro, Jaésia Alves Oliveira, Fábio Fernandes Barroso e Alex André Escobar Morales. Nenhum é servidor de carreira do órgão.

As prisões temporárias têm prazo de cinco dias, sendo passíveis de renovação. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Araguaína, a partir de Ação Cautelar de Busca e Apreensão e de Representação por Prisão Temporária, proposta pelo Ministério Público Estadual. 

Objetos apreendidos durante a operação
Armas apreendidas durante a operação
Agentes na Câmara de Araguaína

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.