Cientistas nos Estados Unidos desenvolvem rim de laboratório

Por Redação AF
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15/04/2013 16h43 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">Um rim &quot;criado&quot; em laborat&oacute;rio foi transplantado para animais onde come&ccedil;ou a produzir urina, afirmam cientistas norte-americanos.<br /> <br /> A t&eacute;cnica, desenvolvida pelo Hospital Geral de Massachusetts e apresentada na publica&ccedil;&atilde;o Nature Medicine, resulta em rins menos eficazes do que os naturais. Mesmo assim, os pesquisadores de medicina regenerativa afirmam que ela representa uma enorme promessa.<br /> <br /> T&eacute;cnicas semelhantes para desenvolver partes do corpo mais simples j&aacute; tinham sido utilizadas antes, mas o rim &eacute; um dos &oacute;rg&atilde;os mais complicados de ser desenvolvido.<br /> <br /> Os rins filtram o sangue para remover res&iacute;duos e excesso de &aacute;gua. Eles tamb&eacute;m s&atilde;o o &oacute;rg&atilde;o com o maior n&uacute;mero de pacientes na fila de espera de transplantes.<br /> <br /> A t&eacute;cnica dos cientistas americanos consiste em usar um rim velho, retirar todas as suas c&eacute;lulas antigas e deixar apenas uma esp&eacute;cie de esqueleto, uma estrutura b&aacute;sica, que funcione como uma esp&eacute;cie de arma&ccedil;&atilde;o. A partir da&iacute;, o rim seria ent&atilde;o reconstru&iacute;do com c&eacute;lulas retiradas do paciente.<br /> <br /> Isso teria duas grandes vantagens sobre os habituais transplantes de rim.<br /> <br /> Como o novo tecido ser&aacute; formado com c&eacute;lulas do paciente, n&atilde;o ser&aacute; necess&aacute;rio o uso de drogas antirrejei&ccedil;&atilde;o, que evitam que o sistema imunol&oacute;gico bloqueie o funcionamento do &oacute;rg&atilde;o &quot;estranho&quot; ao corpo.<br /> <br /> Seria poss&iacute;vel tamb&eacute;m aumentar consideravelmente o n&uacute;mero de &oacute;rg&atilde;os dispon&iacute;veis para transplante. A maioria dos &oacute;rg&atilde;os usados atualmente acaba rejeitada.<br /> <br /> <strong><u>Teia de c&eacute;lulas</u></strong><br /> <br /> Nesse estudo, os pesquisadores usaram um rim de rato e aplicaram um detergente para retirar as c&eacute;lulas velhas.<br /> <br /> A teia de c&eacute;lulas restante, formada por prote&iacute;nas, tem a forma do rim, e inclui uma intrincada rede de vasos sangu&iacute;neos e tubos de drenagem.<br /> <br /> Esta rede de tubos foi utilizada para bombear as c&eacute;lulas adequadas para a parte direita do rim, onde se juntaram com a &quot;arma&ccedil;&atilde;o&quot; para reconstruir o &oacute;rg&atilde;o.<br /> <br /> O &oacute;rg&atilde;o reconstitu&iacute;do foi mantido em um forno especial por 12 dias para imitar as condi&ccedil;&otilde;es no corpo de um rato.<br /> <br /> Quando os rins foram testadas em laborat&oacute;rio, a produ&ccedil;&atilde;o de urina chegou a 23% das estruturas naturais.<br /> <br /> A equipe, ent&atilde;o, transplantou o &oacute;rg&atilde;o para um rato. Uma vez dentro do corpo, a efic&aacute;cia do rim caiu para 5%.<br /> <br /> No entanto, o pesquisador principal, Harald Ott, disse &agrave; BBC que a restaura&ccedil;&atilde;o de uma pequena fra&ccedil;&atilde;o da fun&ccedil;&atilde;o normal j&aacute; pode ser suficiente: &quot;Se voc&ecirc; estiver em hemodi&aacute;lise, uma fun&ccedil;&atilde;o renal de 10% a 15% j&aacute; seria suficiente para livrar o paciente da hemodi&aacute;lise. Ou seja, n&atilde;o temos que ir at&eacute; o fim (garantir os 100% da fun&ccedil;&atilde;o renal).&quot;<br /> <br /> Ele disse que o potencial &eacute; enorme: &quot;Se voc&ecirc; pensar sobre os Estados Unidos, h&aacute; 100 mil pacientes aguardando por transplantes de rim e h&aacute; apenas cerca de 18 mil transplantes realizados por ano.&quot;&nbsp;<br /> <br /> &quot;O impacto cl&iacute;nico de um tratamento bem-sucedido seria enorme.&quot;<br /> <br /> <strong><u>&#39;Realmente impressionante&#39;</u></strong><br /> <br /> Seriam necess&aacute;rias ainda v&aacute;rias pesquisas antes de que o procedimento fosse aprovado para uso em pessoas.<br /> <br /> A t&eacute;cnica necessita ser mais eficiente, para a restaura&ccedil;&atilde;o de um maior n&iacute;vel de fun&ccedil;&atilde;o renal. Os pesquisadores tamb&eacute;m precisam provar que o rim continuaria a funcionar por um longo tempo.<br /> <br /> Haver&aacute; tamb&eacute;m os desafios impostos pelo tamanho de um rim humano. &Eacute; mais dif&iacute;cil colocar as c&eacute;lulas novas no lugar certo em um &oacute;rg&atilde;o maior.<br /> <br /> O professor Martin Birchall, cirurgi&atilde;o do University College de Londres, envolveu-se em transplantes de traqueia produzidos a partir de arma&ccedil;&otilde;es desenvolvidas em laborat&oacute;rio.<br /> <br /> Sobre a pesquisa com o rim, ele disse: &quot;&Eacute; extremamente interessante, e realmente impressionante.&quot;<br /> <br /> &quot;Eles (os pesquisadores que desenvolveram o rim de rato) abordaram algumas das principais barreiras t&eacute;cnicas para tornar poss&iacute;vel a utiliza&ccedil;&atilde;o de medicina regenerativa para tratar de uma necessidade m&eacute;dica muito importante.&quot;<br /> <br /> Ele disse que tornar o desenvolvimento de &oacute;rg&atilde;os acess&iacute;vel a pessoas que necessitam de um transplante de &oacute;rg&atilde;o poderia revolucionar a medicina: &quot;Do ponto de vista cir&uacute;rgico, &eacute; quase o nirvana da medicina regenerativa que voc&ecirc; possa atender &agrave; maior necessidade de &oacute;rg&atilde;os para transplante no mundo - o rim.&quot; <em>(uol.com)</em></span></div>
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