Bolsas femininas têm mais micróbios do que maioria dos vasos sanitários

Por Redação AF
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27/05/2013 08h00 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">O professor do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maulori Cabral, confirmou &nbsp;que bolsas femininas t&ecirc;m mais micr&oacute;bios do que na maioria dos vasos sanit&aacute;rios, como &eacute; apontado por estudo da&nbsp; empresa Initial Washroom Hygiene, do Reino Unido, especializada em limpeza de banheiros p&uacute;blicos.<br /> <br /> &ldquo;Tem mais micr&oacute;bios na superf&iacute;cie das bolsas das mulheres do que na superf&iacute;cie dos vasos sanit&aacute;rios. As mulheres colocam a bolsa em tudo que &eacute; lugar. Pegam na bolsa o tempo todo e ficam passando micr&oacute;bios da m&atilde;o para a bolsa. E ningu&eacute;m passa &aacute;gua sanit&aacute;ria na bolsa&rdquo;, diz.<br /> <br /> O estudo feito pela companhia brit&acirc;nica revela que o creme de m&atilde;os, batons e estojos de maquiagem s&atilde;o os itens mais sujos que as mulheres carregam nas bolsas. Maulori Cabral concorda com a pesquisa. &ldquo;&Eacute; o que ela [mulher] toca mais, mas, pelo lado de fora&rdquo;. Ele explicou que os batons, sozinhos,&nbsp; j&aacute; t&ecirc;m agentes antimicrobianos. O mesmo ocorre em rela&ccedil;&atilde;o ao creme para m&atilde;os. J&aacute; os frascos que cont&ecirc;m o creme est&atilde;o a todo momento sendo segurados pelas m&atilde;os femininas.<br /> <br /> Maulori Cabral esclareceu que quando uma pessoa segura algum objeto, transfere para ele parte da sua microbiota. &ldquo;Todo bicho vivo que voc&ecirc; conhece tem uma popula&ccedil;&atilde;o de micr&oacute;bios associada ao pr&oacute;prio corpo. Cada pessoa tem as suas popula&ccedil;&otilde;es bacterianas. Esse conjunto de popula&ccedil;&otilde;es bacterianas que est&aacute; associada ao corpo denomina-se microbiota&rdquo;, disse.<br /> <br /> Cabral descartou, entretanto, que o fato de as bolsas femininas apresentarem mais micr&oacute;bios que a superf&iacute;cie de vasos sanit&aacute;rios p&otilde;e em risco a sa&uacute;de humana. &ldquo;De maneira nenhuma. Isso tudo &eacute; inje&ccedil;&atilde;o de p&acirc;nico&rdquo;. A microbiota faz parte da evolu&ccedil;&atilde;o dos seres vivos. Cada pessoa carrega cerca de 100 trilh&otilde;es de bact&eacute;rias. &ldquo;O corpo adulto &eacute;&nbsp; formado por&nbsp; 10 trilh&otilde;es de c&eacute;lulas que s&atilde;o descendentes da fecunda&ccedil;&atilde;o, ou seja, da nossa origem embrion&aacute;ria&rdquo;. Quando a criatura nasce, se contamina com bact&eacute;rias, inclusive da pr&oacute;pria m&atilde;e e, quando fica adulta, carrega dez vezes mais bact&eacute;rias do que c&eacute;lulas embrion&aacute;rias. &ldquo;Quando voc&ecirc; encosta em uma coisa, passa para ela seus micr&oacute;bios&rdquo;.<br /> <br /> Na avalia&ccedil;&atilde;o do virologista, lavar as m&atilde;os de forma frequente n&atilde;o reduz o n&uacute;mero de bact&eacute;rias presentes nas bolsas das mulheres. O que precisa &eacute; lavar as m&atilde;os sempre antes das refei&ccedil;&otilde;es e depois de ir ao banheiro.&nbsp; &ldquo;Quando lava as m&atilde;os, voc&ecirc; n&atilde;o se livra dos seus micr&oacute;bios;&nbsp; voc&ecirc; se livra dos micr&oacute;bios dos outros. Porque os seus fazem parte da sua microbiota. Os dos outros &eacute; que podem fazer mal a voc&ecirc;, ou n&atilde;o&rdquo;.<br /> <br /> Cabral reiterou que os seres humanos nascem para conviver com os micr&oacute;bios. &ldquo;Fantasiar micr&oacute;bios como algo mal&eacute;fico &eacute; o maior absurdo&rdquo;. Ele disse que as crian&ccedil;as tomam lactobacilos vivos porque isso faz bem &agrave; sua sa&uacute;de e disse que a contamina&ccedil;&atilde;o microbiana &eacute; uma coisa natural. Embora sejam invis&iacute;veis, os micr&oacute;bios s&atilde;o os seres mais poderosos do planeta, avaliou o professor da UFRJ.<br /> <br /> Os micr&oacute;bios fazem parte do cotidiano. Cabral explicou que como o ser humano &eacute; um animal social, os homens cumprimentam uns aos outros, trocando micr&oacute;bios no aperto de m&atilde;os. &ldquo;A primeira coisa que voc&ecirc; faz &eacute;: fique com um pouco dos meus micr&oacute;bios e me d&ecirc; um pouco dos seus&rdquo;. Quando h&aacute; mais intimidade com a outra pessoa, trocam-se beijos. &ldquo;A&iacute; a coisa complica&rdquo; porque, segundo Cabral, cada got&iacute;cula de saliva tem 100 mil bact&eacute;rias. &ldquo;Mas, tem coisa melhor do que trocar bact&eacute;rias?&rdquo;, brincou o professor. Isso significa que quanto mais &iacute;ntimo for o cumprimento, mais a microbiota &eacute; compartilhada.</span></div>
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