Caminhada em Araguaína

"Acessibilidade não é um privilégio, é um direito", diz presidente de associação

Por Agnaldo Araujo
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03/12/2016 13h52 - Atualizado há 5 anos
Deficientes físicos, visuais e comunidade em geral participaram da 4ª edição da Caminhada das Pessoas com Deficiência, ocorrida na manhã desta sexta-feira (02/12), em Araguaína (TO). A mobilização teve o objetivo de conscientizar a sociedade sobre acessibilidade e o respeito às diferenças. A concentração ocorreu na Praça do Galo, percorrendo o centro comercial da cidade até a Praça das Nações. No trajeto, algumas pessoas usaram o microfone para relatar as dificuldades do dia a dia com a falta de acessibilidade na cidade e cobrar por melhorias. Logo no início, o presidente em exercício da Associação das Pessoas com Deficiência de Araguaína (ADA), Fábio Silva, explicou o objetivo da caminhada. “Sensibilizar a população e nossos governantes para que tenha acessibilidade em Araguaína. Acessibilidade não é um privilégio, é um direito”, disse. Fábio criticou, indiretamente, o poder público pelo descaso. Lembrou que as calçadas não são padronizadas, falta piso tátil e não há botoeiras sonoras nos semáforos. Ao se dirigir aos comerciantes, ressaltou sobre a necessidade de construir acessos às empresas, caixas e banheiros adaptados para cadeirantes, além de sinalização em braile nas lojas. O advogado da ADA, deficiente visual Marques Elex, também fez uso da palavra. “Acessibilidade é uma questão de cidadania. Não é privilégio, é um direito de todas as pessoas com deficiência de poder ir e vir, garantidos pela nossa Constituição. Nós, pessoas com deficiência e simpatizantes da causa, queremos apenas cidadania”, pontuou. Ao chegar em frente à agência do Banco do Brasil, na Cônego João Lima, principal da cidade, os participantes pararam para assistir a apresentação de dança de um cadeirante. Durante o trajeto, alguns voluntários vendaram olhos para andar de bengala. Após a experiência, a mobilização seguiu para a Praça das Nações. Lá, autoridades, deficientes e representantes de entidades também reforçaram a importância da acessibilidade e do respeito às diferenças. Wilson Dias de Sousa, primeiro deficiente visual a concluir um curso superior na UFT, afirmou ter dificuldades para andar pelas ruas de Araguaína e cobrou das pessoas que evitem obstruir as calçadas com materiais de construção ou com escavações. Houve ainda a execução do Hino Nacional seguida de uma apresentação com pessoas deficientes. Fábio Silva finalizou afirmando que estava com a sensação do dever cumprido. “Muito obrigado a todos e até a próxima caminhada”, disse. (Fernando Almeida - Araguaína Notícias)

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