Operação

Quadrilha usava empresa de fachada para fazer compras com cheques sem fundos no Tocantins

Três pessoas foram presas e um quarto suspeito que teve mandado de prisão preventiva decretado já estava detido

Por Nielcem Fernandes 4.723
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08/08/2019 10h10 - Atualizado há 4 anos
Quatro pessoas foram presas durante a operação

A Polícia Civil do Tocantins deflagrou na manhã desta quinta-feira (08), a operação 'Alínea 11' que investiga a prática de associação criminosa, estelionato e receptação qualificada na região de Porto Nacional. 

A suspeita é que o grupo tenha causado um prejuízo financeiro às vítimas de mais de R$ 40 mil com uma empresa de fachada cujo objetivo era adquirir produtos mediante emissão de cheques sem fundos e renvendâ-los no comércio local.

O esquema funcionaria desde o início do ano, onde foram adquiridos e comercializados uma grande quantidade de cerveja em lata, inclusive durante as festividades do carnaval deste ano.

Foram presos quatro pessoas, sendo três homens e uma mulher. Um deles inclusive já cumpre pena por homicídio na Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional. As iniciais dos suspeitos são: W. J. T. S e J.C.N (presos temporariamente), M.A. L. C e H. P.N (presos preventivamente), sendo que este último já se encontra preso por outro delito.

Segundo o delegado Ricardo Real, responsável pela operação, as investigações iniciaram no início de maio, quando duas empresas procuraram a Polícia Civil informando que estariam sendo lesadas por cheques emitidos sem fundos na cidade. As vítimas seriam uma empresa de materiais de construção e uma distribuidora de bebidas em grande escala.

“Houve um desfalque significativo para estas empresas. Concluímos que a organização criminosa atuava no mercado na compra de mercadoria, materiais de construção e fornecimento de bebidas”, afirmou.

O delegado ressaltou ainda que uma empresa de fachada na modalidade microempreendedor individual tinha inclusive uma estrutura física alugada para o recebimento dos materiais adquiridos mediante a emissão dos cheques sem fundos. 

“O produto do crime era oriundo desta organização,  que alugou um imóvel, onde, em tese funcionaria a empresa de fachada. O local era usado apenas para o recebimento das mercadorias. Tão logo eram recebidas, elas eram encaminhadas aos receptadores”, ressaltou.

Ainda de acordo com o delegado, existe a possibilidade de que uma rede de receptadores atue conjuntamente com a associação criminosa. “Essas mercadorias eram rapidamente retiradas para o destinatário final, que seria o receptador, e que posteriormente comercializavam aqueles produtos”, afirmou. 

Com o seguimento das investigações, outras pessoas também poderão ser indiciadas por participação no esquema criminoso. Até o momento não há informações de que o grupo tenha efetuado compras em outros municípios vizinhos a Porto Nacional. Os suspeitos foram encaminhados para a Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional e para a unidade prisional feminina de Palmas. 

A Operação ganhou o nome de Alínea 11 em alusão aos procedimentos comumente realizados por estabelecimentos bancários onde, na compensação de cheques, identifica-se que a conta em questão possui insuficiência de fundos monetários para pagamento. 

Os agentes cumpriram mandados de prisão temporária, prisão preventiva e busca e apreensão
Durante as buscas os policias recolheram documentos que podem comprovar as fraudes

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