Após o afastamento, o vice Vanderelei Alves de Arruda (PPS) assumiu o comando da cidade.
A Câmara Municipal de Augustinópolis, no norte do Estado, cassou o mandato do prefeito Júlio da Silva Arruda (PRB) na noite desta quarta-feira (13). O pedido de cassação foi proposto, analisado e julgado pelos suplentes que assumiram após o afastamento de 10 vereadores acusados de receber 'mensalinho'. A decisão foi unânime.
O prefeito não compareceu à sessão de julgamento e foi representado pelo advogado Francisco Antônio de Lima, indicado pelo plenário para defendê-lo. Apesar da decisão, o prefeito deve recorrer à Justiça.
Após o afastamento do prefeito, o vice Vanderelei Alves de Arruda (PPS) assumiu o comando da cidade.
O pedido de cassação foi apresentado após a Polícia Civil deflagrar a Operação Perfídia, em janeiro deste ano, que descobriu um esquema de pagamento de propina para aprovação de projetos de lei enviados à Câmara pela Prefeitura.
Os pagamentos variavam de R$ 1 mil até R$ 8 mil por mês, e eram determinados em razão da força política que cada vereador exercia dentro da estrutura administrativa e social.
Todo o esquema seria "negociado, gerenciado e liderado" pelo vereador Edvan Neves da Conceição (MDB), conhecido como Neguin da Civil, por ser policial civil e, por isso, ele recebia em patamar superior.
A vereadora Maria Luísa de Jesus do Nascimento, Luizinha (PP), também recebia valores mais expressivos em razão da sua força política, com ligações estreitas com o Palácio Araguaia. Segundo a denúncia, todos ou quase todos os vereadores teriam efetivamente envolvimento com a 'mesadinha'.
Os pagamentos seriam realizados em espécie a partir do dia 20 de cada mês na própria sede da Prefeitura de Augustinópolis.