Associação criminosa

MPE denuncia à Justiça quase 20 pessoas por fraude no concurso da Polícia Militar

O certame ofertou 1.040 vagas para provimento de cargos na PM do Tocantins.

Por Redação 1.459
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14/12/2018 15h41 - Atualizado há 5 anos
Concurso ofertou 1.040 vagas para a PM-TO

O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia criminal nesta sexta (14) contra 19 pessoas por associação criminosa e participação em fraude no concurso público da Polícia Militar do Tocantins. O certame foi realizado no dia 11 de março deste ano e ofertou 1.040 vagas para os cargos de oficial e soldado

De acordo com a denúncia, foi apurado que Antônio Ferreira Lima, mais conhecido como ‘Antônio Concurseiro’, é líder de uma associação criminosa destinada a fraudar concursos públicos realizados em vários Estados do país. Especificamente no concurso da PM, a ação foi coordenada por ele, em conjunto com sua companheira, Aline Oliveira Santana, e sua cunhada, Gabriela de Oliveira Santana.

As apurações da polícia descobriram que havia uma associação entre os envolvidos, que combinaram uma forma de se beneficiar da fraude. Os outros interessados aderiram à ação, mediante pagamentos que variavam entre R$ 5 mil e R$ 50 mil a Antônio Ferreira Lima, primeiro com uma entrada e pagamento total posterior ao provimento no cargo.

Os participantes receberam orientação para comprar um chip com número telefônico novo e inseri-lo em um aparelho celular simples, sem aplicativos modernos, e os celulares seriam deixados nos banheiros antes do início da prova, em regra, nas lixeiras ou atrás dos vasos sanitários. Quando se aproximava do fim da prova, os inscritos se dirigiam ao banheiro, pegavam o celular e visualizam o gabarito.

Para que o plano se efetivasse, Antônio se inscreveu na prova, provavelmente com nome falso, pois não constava seu nome na lista de inscritos, e se retirou do local com as provas, resolvendo as questões externamente e repassando imediatamente as respostas para os celulares dos demais integrantes do esquema.

As denúncias surgiram após a descoberta de um desses aparelhos de celular, sob um cesto de lixo em um banheiro, em um dos locais de prova, após a realização do concurso.

Constatou-se a existência de uma mensagem de texto com o título “Prova 3” e na sequência, um gabarito alfanumérico identificado entre os números 01 a 60, mesmo número de questões do concurso. As investigações identificaram que o aparelho apreendido foi utilizado por Wylmerson Rubem dos Santos Silva.

De acordo com a apuração, outras pessoas se beneficiaram da fraude, mas não foram identificadas porque provavelmente compraram os chips em nomes de terceiros.

A denúncia criminal foi ajuizada pelos promotores de Justiça da 1ª e 4ª Promotorias de Justiça. 

Além dos nomes já citados, foram denunciados:

- Luiz Fernando Melo Nascimento;

- Pablo Wesley Pinto Barbosa;

- Luan David Silva;

- Abimael Silva Almeida;

- Dionatan Soares Belfort;

- João Campelo Rego Filho;

- Flaviana Silva Furtado;

- Hagaer da Silva Lima;

- Jhonatan Araújo Cantuário;

- Renner Ferreira Moraes Mendes;

- Fernandes da Silva Souza;

- Abraão Rolvander Mendes de Sousa;

- Paulo André Sousa Lima e Denilson Ribeiro Dutra.

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