A jornalista e empresária Graziela Guardiola foi intimada para depor no Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga a conduta das pessoas que denunciaram casos de assédio moral e sexual no Corpo de Bombeiros do Tocantins. 

Guardiola foi intimada apenas por ser a responsável pelo material jornalístico que foi encaminhado à imprensa com a denúncia sobre os casos de assédio na corporação.

A advogada do Sindicato dos Jornalistas do Tocantins (Sindjor), Verônica Salustiano acompanhou a jornalista durante o depoimento no fim da tarde desta quarta-feira (23).

Guardiola disse estar "extremamente decepcionada" com a atitude da corporação. "Foi a primeira vez na minha vida que fui intimada. Fiquei extremamente decepcionada diante do fato do inquérito não estar investigando os casos de abuso sexual e moral e sim a conduta das instituições que realizaram a pesquisa e o seminário”, disse a jornalista.

A advogada do Sindjor também defendeu a liberdade de imprensa. "O Sindjor tem como papel a defesa do trabalho do jornalista e da liberdade de imprensa. Nossa função durante o depoimento foi de atuar visando a garantia desses direitos e também o de sigilo da fonte, direto Constitucional que guarnece não só o profissional jornalista como também a sociedade", informou a advogada.