Iphan

Paixão de muitos tocantinenses, forró pode se tornar patrimônio cultural do Brasil

A proposta é encabeçada pelo Iphan, que já iniciou a pesquisa sobre as matrizes tradicionais do estilo musical.

Por Redação 773
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18/05/2019 09h56 - Atualizado há 4 anos
Forró

Paixão de muitos tocantinenses e criticados por outros, o forró pode se tornar patrimônio cultural imaterial do Brasil. A proposta é encabeçada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que já iniciou a pesquisa sobre as matrizes tradicionais do estilo musical.

Segundo o Iphan, a pesquisa vai investigar a complexidade das matrizes tradicionais do forró com suas dimensões melódicas, harmônicas, rítmicas e coreográficas, além dos modos de fazer instrumentos musicais, dos contextos sociais e culturais em que a manifestação está inserida, bem como as particularidades dos lugares onde tais referências culturais são mais simbólicas.

Encontro realizado entre 8 a 10 de maio no Centro Cultural Cais do Sertão e Paço do Frevo, ambos no Recife (PE), contou com a presença de músicos, dançarinos, produtores, autoridades, pesquisadores, gestores públicos e culturais para debater o tema.

No encontro, a presidente do Iphan, Kátia Bogéa, ressaltou a importância dessa expressão cultural na vida de milhões de brasileiros. "A cultura nos une e nos fortalece! E a beleza do forró é que ele traz uma dupla dimensão: canta e toca tão profundamente a cultura brasileira, trazendo à tona as mazelas que enfrentamos, mas ao mesmo tempo canta a beleza da vida, os amores, os mitos, as crendices, a fé, a religiosidade de um povo", afirmou.

A pesquisa

Para que um bem seja registrado pelo Iphan é necessário demonstrar sua relevância para a memória nacional, sua continuidade histórica e de que forma este carrega as referências culturais de grupos formadores da sociedade brasileira. É o que explica Marina Lacerda, coordenadora de Registro do Iphan.

A pesquisa sobre as matrizes tradicionais do forró será feita pelo Iphan em colaboração com a Associação Respeita Januário e terá três fases.

Na primeira, as idas a campo ocorrerão em junho e julho de 2019, período festivo com muita dança e música na região Nordeste.

Na segunda, além da pesquisa documental, serão entrevistados músicos, dançarinos, donos de estabelecimentos, fabricantes e reparadores de instrumentos musicais, entre outros, além de produção de documentos audiovisuais para buscar entender os detalhes dessa prática.

Na última fase, com os levantamentos já realizados, será realizada nova ida a campo nos festejos juninos para finalização da pesquisa. A previsão é que todo o material seja entregue até o final de 2020.

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