Alvo de operação

Polícia encontra dinheiro e até maconha na casa de vereador preso em Augustinópolis

Segundo a polícia, a droga não estava pronta para o consumo e pode configurar tráfico.

Por Raimunda Costa 3.021
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25/01/2019 16h08 - Atualizado há 5 anos
Droga e dinheiro apreendidos

A Polícia Civil apreendeu uma considerável quantia de maconha na residência do vereador de Augustinópolis, Antônio Barbosa Sousa, durante a operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (25) para prender 10 dos 11 parlamentares da cidade.

Conforme a polícia, a quantidade de droga encontrada descarta a possibilidade de ser para consumo pessoal e pode configurar tráfico de entorpecentes.

Além disso, a maconha encontrada não é prensada, ou seja, ainda não está preparada para o consumo, conforme a polícia. Os agentes também apreenderam R$ 3.906,00 na casa do vereador.

FORAGIDOS

Dos 10 vereadores com mandado de prisão em aberto, sete já foram presos e outros três são considerados foragidos até o momento. São eles: Wagner Uchôa (MDB), Edivan Neves da Conceição (MDB) e Antônio Queiroz (PSB).

Os vereadores investigados na operação foram afastados de suas funções na Câmara pelo prazo de 180 dias, e os suplentes devem ser nomeados imediatamente para ocupar os cargos. 

O presidente da Câmara, Cícero Cruz Moutinho, não teve a prisão decretada pela Justiça, mas foi levado para depor juntamente com o secretário de Administração de Augustinópolis e um servidor do controle interno do município.

A operação denominada de Perfídia foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (25) visando o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão, dez de prisão temporária e três mandados de condução para depor.

O ESQUEMA

A polícia investiga os crimes de corrupção passiva e corrupção ativa em um forte esquema de cobrança de propina na Câmara para aprovação de projetos de leis enviados pela Prefeitura.

Segundo as investigações, os pagamentos variavam de R$ 1 mil até R$ 8 mil por mês. Os valores seriam diferenciados e determinados em razão da força política que os parlamentares exercem dentro da estrutura administrativa e social. 

Todo o esquema seria "negociado, gerenciado e liderado" pelo vereador Edvan Neves da Conceição (MDB), conhecido como Neguin da Civil, por ser policial civil e, por isso, ele recebia em patamar superior.  

A vereadora Maria Luísa de Jesus do Nascimento, Luizinha (PP), também recebia valores mais expressivos em razão da sua força política, com ligações estreitas com o Palácio Araguaia. Segundo a denúncia, todos ou quase todos os vereadores teriam efetivamente envolvimento com a 'mesadinha'.  

Os pagamentos seriam realizados em espécie a partir do dia 20 de cada mês na própria sede da Prefeitura de Augustinópolis. 

Todos os vereadores, com exceção do presidente da Câmara, são citados nominalmente no esquema de corrupção em áudios interceptados. 

Vereadores investigados

Maria Luisa de Jesus do Nascimento

Antônio Silva Feitosa

Antônio Barbosa Sousa

Antônio José Queiroz dos Santos

Edvan Neves Conceição

Ozeas Gomes Teixeira

Francinildo Lopes Soares

Angela Maria Silva Araújo de Oliveira

Marcos Pereira de Alencar

Wagner Mariano Uchôa Lima

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