Alvo de atentado

Prefeito deixa hospital e presta depoimento na Deic; PM nega pedido de escolta

O prefeito chegou a delegacia acompanhado por segurança e foi ouvido cor cerca de duas horas.

Por Nielcem Fernandes 1.211
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17/01/2019 18h21 - Atualizado há 5 anos
O prefeito Dotozin e seu vice Letim Leitão

O prefeito de Novo Acordo Elson Lino de Aguiar (MDB), o Dotozin, recebeu alta do Hospital Geral de Palmas na manhã desta quinta-feira (17) e já prestou depoimento na Polícia Civil para esclarecer o suposto esquema de fraude em licitações na sua gestão. Ele foi alvo de uma tentativa de homicídio supostamente praticada a mando do seu vice, Letim Leitão (PRB).

O prefeito chegou na Delegacia de Investigações Criminais (DEIC) de Palmas acompanhado de seguranças e foi ouvido por cerca de duas horas. Dotozin estava internado no HGP desde o ultimo dia 9 de janeiro quando foi baleado com três tiros em sua própria residência.

As investigações apontaram que o vice, ao saber que o prefeito havia escapado do atentado, teria oferecido mais R$ 20 mil para que o empresário Paulo Henrique Sousa Costa e o pistoleiro Gustavo Araújo da Silva "terminassem o serviço". Os três estão presos na Casa de Prisão Provisória de Palmas.

Temendo novo atentado, a defesa do prefeito solicitou escolta policial e o pedido que foi reforçado pelo presidente da Associação Tocantinense dos Municípios (ATM), Jairo Mariano, mas tanto a Polícia Civil, quanto a Polícia Militar, informaram ao AF Notícias que não será possível atender a solicitação.  

A assessoria da PM informou que se colocou à disposição do prefeito para vistoriar sua casa e indicar medidas de segurança.

A assessoria da Polícia Civil afirmou ao AF que as investigações sobre as supostas fraudes na prefeitura estão em segredo de justiça.

O paradeiro do prefeito é desconhecido devido a supostas ameaças que a família do gestor afirma ter sofrido.

Entenda o caso

Dotozin foi alvo de uma tentativa de homicídio na tarde de 9 de janeiro. Ele foi alvejado com três tiros quando estava sozinho em casa.

O vice-prefeito foi preso no dia seguinte. Também estão presos Gustavo Araújo da Silva, apontado como o executor, e o empresário Paulo Henrique Sousa, que seria o agenciador.

O motivo

O delegado Leandro Risi, da Deic Palmas, afirmou que o crime foi motivado por conflitos na distribuição de propinas. "Em princípio, por uma divisão de recursos advindos de fraudes em licitações na prefeitura de novo acordo", afirmou. O prefeito teria se recusado a repassar R$ 800 mil ao vice.

Segundo Risi, o primeiro atentando foi encomendado por R$ 4 mil ainda em 2018, mas não deu certo. No segundo ataque, o pagamento combinado foi de R$ 10 mil. "Quando viram que o prefeito não tinha morrido, ele prometeu então R$ 20 mil para que eles voltassem e terminassem a tarefa após ele sair do hospital", disse o delegado.

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