Filho da prefeita foi preso dias antes das eleições de 2016 com R$ 27 mil em dinheiro.
O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins decidiu nesta segunda-feira (1º) pela realização de novas eleições municipais em Pugmil, cidade que integra a 7ª Zona Eleitoral de Paraíso do Tocantins.
A prefeita e o vice-prefeito, Maria de Jesus Ribeiro da Silva e Elton Barros Coelho, respectivamente, foram cassados por caixa 2 nas eleições de 2016. O TRE afastou apenas a condenação por compra de votos e a inelegibilidade.
O voto de desempate, a favor da cassação, foi proferido pelo presidente da Corte Eleitoral, desembargador Marco Villas Boas.
A nova eleição será realizada assim que o acórdão do julgamento ou dos eventuais embargos de declaração forem publicados, nos moldes do artigo 224, do Código Eleitoral.
ENTENDA
A Representação por Arrecadação de Gastos Ilícitos contra a prefeita foi impetrada pelo Diretório Municipal do PMDB de Pugmil que acusa Maria de Jesus de ter arrecadado dinheiro de maneira irregular dias antes do pleito.
De acordo com a representação, um dos filhos da prefeita, Vagdo Pereira da Silva, foi flagrado dias antes da eleição com mais de R$ 27 mil em dinheiro que, segundo o Ministério Público Eleitoral, seria usado para comprar votos.
Em depoimento, Vagdo alegou que a quantia teria sido adquirida através da venda de cabeças de gado de sua propriedade e doada para a campanha da mãe. Entretanto, segundo a denúncia, além de nada disso ter sido comprovado, o valor ultrapassaria o limite permitido pela Justiça Eleitoral.