Com o reajuste, os subsídios dos magistrados passarão de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.
O reajuste salarial de 16,38% aprovado para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e para o cargo de Procurador Geral da República foi aprovado pelo Senado na noite desta quarta-feira (08).
Os senadores tocantinenses Vicentinho Alves (PR) e Ataídes Oliveira (PSDB), que não se reelegeram nas eleições de outubro, votaram a favor do reajuste. O outro representante do Tocantins, Bispo Guaracy (sem partido), suplente da senadora Kátia Abreu (PDT), não votou.
Reajuste
Com o reajuste, os subsídios dos magistrados passarão de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. O aumento passará a valer a partir da sanção presidencial. Segundo especialistas em consultoria da Câmara e do Senado Federal, o impacto nas contas públicas será de R$ 4 bilhões, considerando o Executivo, Legislativo, Ministério Público e também os estados da federação. O novo teto pode ser vetado pelo presidente Michel Temer (PMDB)
Efeito cascata
O aumento nos salários dos ministros gera um efeito-cascata nas contas, porque representa o teto do funcionalismo público. Caso o limite seja alargado, aumenta também o número de servidores que poderão receber um valor maior de gratificações e verbas extras que hoje ultrapassam o teto.
Presidente
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse à imprensa que o momento não é favorável ao aumento de despesas e se disse preocupado com o aumento de gastos. "Acho que estamos numa que fase todo mundo tem ou ninguém tem. Sabemos que o Judiciário é o mais bem aquinhoado entre os poderes, a gente vê com preocupação... Obviamente que não é o momento (de aumentar gastos)”, disse.