Velório na Câmara de Vereadores

Presidente da Câmara de Barrolândia diz que "não se pode julgar a família pelo ato que o jovem cometeu"

Por Mara Santos
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04/04/2016 11h08 - Atualizado há 5 anos
O presidente da Câmara de Vereadores de Barrolândia, Paulo Valdeis (PSDB), falou ao Portal AF Notícias sobre a cessão do espaço para a realização do velório de Lucas Lustosa Maciel, de 18 anos, que participou de uma tentativa de assalto na Capital que resultou na morte do soldado da Polícia Militar (PM) Ivan Borges de Lima. O velório na Câmara provocou intensos debates nas redes sociais.  Valdeis afirmou se tratar de uma família muito tradicional da cidade, respeitada por ser honesta e trabalhadora. "Me procuraram nesse momento e ficou difícil de julgar a família pelo ato que o jovem cometeu. Fica ruim desampará-los. Entendo que o fato foi lamentável. Foi um erro muito grande e esse jovem pagou com a própria vida. Tirou a vida de um pai de família que trabalhava para garantir o sustento", comentou. O presidente complementou: "A família, que é um povo limpo, que não tem mancha, chega em você procurando num momento de desespero, daí eu tive que atender. Mas eu sei da repercussão que deu.", disse. "A gente que escolhe o próprio caminho. Esse adolescente escolheu o caminho errado. Fiquei sem jeito de não atender àquela família num no momento de dor. Não foi nada político", acrescentou. O presidente ressaltou ainda que, em vez de julgar, as pessoas deveriam agir com mais humanidade. "Acho que as pessoas deveriam agir mais pelo lado humano. Tenho filho e quero que ele siga o caminho bom, mas não temos o poder de decidir por eles. Na nossa frente temos como saber o que eles estão fazendo, mas na ausência não. O que está em jogo é agonia da família, daquela mãe e avó que sonharam com um filho formado". "Agora estão aproveitando a oportunidade para denegrir a imagem da Câmara, divulgando imagens que nem são daqui", disse o presidente em referência à imagem das bandeiras a meio mastro e outras divulgações em redes sociais que afirmavam que a Bandeira Nacional havia sido colocada sobre o caixão do rapaz e o hino cantado. Segundo ele, nada disso aconteceu. Numa declaração atribuída ao pai do rapaz, que também é policial militar, feita através de uma rede social,  ele teria afirmado que jamais permitiria que o filho fosse enterrado com honras. E disse também não saber como fazer para se desculpar diante dos familiares do colega, dos militares e de toda a população. "Em mim só existe dor e vergonha", finalizou.

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