Vacinação

Jovem que veio do Rio de Janeiro morre em Xambioá por causa da febre amarela

Por Agnaldo Araujo
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24/04/2017 16h28 - Atualizado há 5 anos
Há 17 anos que não havia registro de morte de humano causada por febre amarela no Tocantins. Mas em janeiro de 2017, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou um caso em Xambioá. A vítima era um jovem oriundo do Estado do Rio de Janeiro, que há dois anos habitava na cidade tocantinense. O jovem não era vacinado contra a febre amarela e trabalhava em região de mata. “A Saúde reforça que não há motivo para alarde, que continuam sendo realizadas ações de orientação a população e que neste mês os municípios já receberam as doses de vacina contra a febre amarela”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir. A vacina O Tocantins, assim como outras áreas com recomendação de vacinação em todo o país, adotou a dose única da vacina contra a febre amarela. A medida está de acordo com orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a Nota Informativa nº 94 de 2017, da Coordenação Nacional da do Programa Nacional de Imunização (DEVIT/SVS/MS), que indica que ao invés de duas doses, cada cidadão tome apenas uma. No mundo, apenas o Brasil aplicava duas doses da vacina, sendo que a segunda dose era recomendada como reforço 10 anos após a primeira. Segundo a nota técnica, a dose de reforço não é mais recomendada por considerar que a imunidade protetora se desenvolve dentro de 30 dias para as pessoas que receberam uma dose da vacina contra a febre amarela. Portanto, a pessoa com idade de 9 meses a 59 anos de idade, que já recebeu uma dose da vacina ao longo da vida, é considerado imunizado. “Com a mudança do esquema vacinal da criança para dose única, é fundamental que as crianças passem a receber a vacina a partir dos 9 meses, visando garantir a imunidade adequada”, consta na nota. No Tocantins, de 2007 a 18 de abril de 2017 foram imunizadas 1.094.695 pessoas e a distribuição das doses está regular. “O Estado recebe o quantitativo mensal para vacinação da população estimada no período e só este ano já foram distribuídas 96.660 doses (janeiro a março)”, informou Greicy Rivelo, técnica da Gerência de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde. Orientações gerais A nota técnica ainda orienta que os municípios dos estados considerados áreas com recomendação para a vacinação contra a febre amarela, mas que não há registro de casos e/ou epizootias em primatas não humanos (PNH), devem realizar as ações de rotina do Calendário Nacional de Vacinação, não devendo, neste momento, ser desenvolvida qualquer estratégia de intensificação, com o objetivo de elevar as coberturas vacinais. É fundamental que esses municípios adotem estratégias para otimizar o uso da vacina, evitando vacinar o maior número de pessoas com o mesmo quantitativo já distribuído, de acordo com a média mensal de cada localidade. “É importante esclarecer a população que não há motivo para a busca da vacina de forma indiscriminada em regiões que não há evidência de circulação ativa do vírus da febre amarela, devendo ser vacinadas, nesse momento, as pessoas que irão se deslocar para os municípios que estão com ocorrência de casos e/ou epizootias em PNH confirmadas ou pessoas não vacinadas”, alertou a técnica. (Aldenes Lima - com alterações)

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