Caso Fabrício Martins

Justiça manda a júri popular réu confesso da morte do estudante Fabrício Martins

Por Agnaldo Araujo
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19/10/2017 11h20 - Atualizado há 5 anos
O jovem Hiago Pereira da Silva, de 24 anos, foi pronunciado e será levado a júri popular pela morte do colega de trabalho Fabrício Martins, crime ocorrido em maio desse ano. A decisão foi proferida pela juíza Cirlene Maria de Assis Santos Oliveira, substituta da 1ª Vara Criminal de Araguaína. Ainda não há data para o julgamento. O MPE relata na denúncia que Hiago praticou um homicídio triplamente qualificado "por motivo fútil, mediante dissimulação e meio cruel", utilizando-se de uma faca para desferir vários golpes nas costas do estudante, "causando-lhe intenso e desnecessário sofrimento", acrescenta a decisão. Além disso, a promotoria afirma que o corpo foi ocultado debaixo de um bueiro e a moto da vítima abandonada longe da cena do crime. Por essa razão, a juíza também pronunciou Hiago pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual. Hiago alega que estava sendo vítima de extorsão por ter filmado as partes íntimas de Fabrício por cima da parede do banheiro da empresa. Fabrício teria passado então a exigir R$ 4 mil para não denunciá-lo à direção. Contudo, Hiago não conseguiu o dinheiro. A magistrada diz que "é possível admitir que o fato [crime] possa ter ocorrido porque o acusado visava cessar exigência de indenização por parte da vítima, de modo que caberá ao tribunal do júri analisar a ocorrência ou não desse motivo". O CRIME Fabrício Martins desapareceu na noite do dia 19 de maio de 2017, quando completaria 24 anos, e sua motocicleta foi encontrada abandonada no dia seguinte numa rua do Setor Jardim Paulista. O corpo só foi localizado no dia 03 de junho em avançado estado de decomposição dentro do Córrego Canindé, próximo ao Parque Cimba. O autor do crime foi preso cinco dias depois e confessou à polícia. Segundo o acusado, um carrinho de mão foi usado para transportar o corpo de Fabrício. PADRASTO DE FABRÍCIO O padrasto de Fabrício Martins afirmou que, dois meses antes do crime, o jovem chegou a comentar com a própria mãe sobre uma pessoa que havia lhe filmado e que iria "denunciá-lo".  A mãe de Fabrício teria aconselhado a não fazer nada. IRMÃO DE FABRÍCIO Um irmão da vítima relatou que tinha ciência do problema pessoal entre Fabrício e Hiago, pois dois meses antes do crime ocorrer, ele tinha comentado que um colega de trabalho tinha feito filmagens de suas partes íntimas. Segundo o irmão, Fabrício afirmava que iria cobrar uma indenização por danos morais e que a vítima mantinha contato com o autor do crime por meio de redes sociais. Hiago teria criado um perfil falso só para enviar a Fabrício o vídeo que ele havia feito. Diante do episódio, Fabrício dizia que iria comunicar o caso ao departamento de Recursos Humanos do frigorífico onde os dois trabalhavam. No entanto, a vítima não cumpriu a promessa e passou a cobrar uma quantia em dinheiro para não entregar Hiago. O irmão do estudante morto afirmou ainda que a última conversa entre a vítima e o autor do crime ocorreu no dia do desaparecimento de Fabrício. Nela, Hiago afirmava que havia conseguido dinheiro para pagar Fabrício e que ele não precisava mais ir até o RH da empresa.  A quantia exigida na negociação era de R$ 4 mil.   http://afnoticias.com.br/estudante-universitario-desaparece-na-noite-do-aniversario-em-araguaina-familia-pede-ajuda/ http://afnoticias.com.br/corpo-encontrado-dentro-de-corrego-passara-por-exame-de-dna-mas-pode-ser-de-estudante-desaparecido/ http://afnoticias.com.br/policia-civil-prende-suspeito-de-matar-estudante-fabricio-martins-autor-e-vitima-trabalhavam-juntos-em-frigorifico/

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