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Entender os sinais e buscar orientação médica é essencial para evitar complicações.
O cisto de Bartholin é uma condição ginecológica comum que afeta muitas mulheres, mas nem sempre é bem compreendida. Formado pelo acúmulo de líquido nas glândulas de Bartholin, localizadas na vulva, esse problema pode ser assintomático ou causar desconforto significativo. Neste artigo, explicamos tudo o que você precisa saber sobre o cisto de Bartholin, incluindo sintomas, causas, opções de tratamento e quando procurar ajuda médica. Continue lendo para entender mais sobre essa condição e como lidar com ela.
As glândulas de Bartholin estão situadas em cada lado da entrada da vagina e têm a função de produzir um fluido lubrificante, essencial durante a atividade sexual. Quando o ducto dessas glândulas fica obstruído, o líquido se acumula, formando o cisto de Bartholin. Geralmente, ele aparece como um pequeno caroço na região vulvar e é mais comum em mulheres em idade reprodutiva, entre 20 e 40 anos. Após a menopausa, a incidência tende a diminuir.
Na maioria dos casos, o cisto é benigno e indolor, mas pode evoluir para um abscesso se infectado, o que torna o quadro mais sério e desconfortável. Entender os sinais e buscar orientação médica é essencial para evitar complicações.
Sintomas do cisto de Bartholin
Quando pequeno, o cisto de Bartholin pode passar despercebido, sendo assintomático. Porém, à medida que cresce, alguns sintomas podem surgir, como:
Inchaço ou caroço na vulva, geralmente unilateral;
Sensação de pressão ou desconforto ao sentar, caminhar ou durante o sexo;
Dor leve a moderada na região genital.
Se o cisto se infectar e formar um abscesso (conhecido como bartolinite), os sintomas se intensificam:
Dor intensa e pulsátil;
Vermelhidão, calor e inchaço na área afetada;
Febre, em casos mais graves;
Saída de pus, se houver ruptura espontânea.
A obstrução do ducto da glândula de Bartholin é a causa primária do cisto. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como:
Infecções: Bactérias da flora vaginal (como Escherichia coli) ou sexualmente transmissíveis (Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis) podem bloquear o ducto ou infectar o cisto já formado.
Traumas locais: lesões na região genital, seja por atrito ou procedimentos, podem contribuir.
Higiene inadequada: Má limpeza da área íntima pode facilitar a proliferação de bactérias.
Fatores desconhecidos: em muitos casos, a obstrução acontece sem uma causa clara.
Embora o cisto em si não seja perigoso, a infecção exige atenção para evitar complicações como a disseminação de bactérias.
O diagnóstico do cisto de Bartholin é geralmente clínico, realizado por um ginecologista durante um exame pélvico. O médico identifica uma massa flutuante e indolor (no caso do cisto) ou dolorosa (no caso de abscesso) na vulva. Em situações de infecção, pode ser coletada uma amostra do líquido para cultura, identificando a bactéria responsável. Para mulheres acima de 40 anos ou em casos atípicos, uma biópsia pode ser recomendada para descartar malignidade, embora isso seja raro.
O tratamento varia conforme os sintomas e a gravidade do quadro. Veja as opções mais comuns:
Cistos assintomáticos: se não houver desconforto, geralmente não é necessária intervenção. O acompanhamento médico é suficiente.
Banhos de assento: compressas mornas ou imersão em água quente por 10 a 15 minutos, várias vezes ao dia, podem aliviar o desconforto e estimular a drenagem espontânea.
Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios ajudam a controlar a dor; antibióticos são usados em casos de infecção.
Drenagem cirúrgica: para cistos grandes ou abscessos, o médico faz uma incisão sob anestesia local para drenar o líquido ou pus. Um cateter pode ser colocado temporariamente para evitar reincidência.
Marsupialização: Técnica cirúrgica que cria uma abertura permanente no ducto, indicada para casos recorrentes.
Remoção da glândula: em situações extremas ou de repetição frequente, a glândula de Bartholin pode ser retirada, sem impacto significativo na lubrificação vaginal.
É fundamental consultar um ginecologista se você notar:
Dor intensa ou persistente;
Crescimento rápido do caroço;
Sinais de infecção (vermelhidão, febre, pus);
Desconforto que interfira nas atividades diárias.
A automedicação ou tentativa de “espremer” o cisto em casa devem ser evitadas, pois aumentam o risco de complicações.
Embora nem sempre seja possível prevenir, algumas medidas ajudam a reduzir o risco:
Manter boa higiene íntima, evitando lavar a região de forma inadequada;
Usar preservativos para prevenir infecções sexualmente transmissíveis;
Optar por roupas leves e confortáveis, evitando atrito excessivo na área genital.
O cisto de Bartholin pode parecer apenas um incômodo passageiro, mas ignorar os sinais de infecção ou recorrência pode afetar a qualidade de vida. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível resolver o problema rapidamente. Se você suspeita dessa condição, não hesite em buscar um especialista. Sua saúde íntima merece atenção!