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Entenda o que é pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp, que afetaram cantora Lexa

A pré-eclâmpsia pode evoluir para condições mais graves, como a eclâmpsia e a síndrome de Hellp.

Por Mariana Dias
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12/02/2025 11h54 - Atualizado há 1 mês
Entenda pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp, que afetaram cantora Lexa

A pré-eclâmpsia é uma das complicações mais graves que pode ocorrer durante a gravidez, afetando não apenas a saúde da gestante, mas também o bem-estar do bebê.

Recentemente, a cantora Lexa compartilhou com seus seguidores nas redes sociais a triste perda de sua filha recém-nascida, Sofia, que aconteceu devido à pré-eclâmpsia e à síndrome de Hellp, complicações que levaram ao parto prematuro da bebê. Para entender melhor essas condições e como prevenir complicações futuras, conversamos com a ginecologista e obstetra Joeline Cerqueira, especialista em Reprodução Humana.

O que é a pré-eclâmpsia?

A pré-eclâmpsia é uma condição obstétrica que surge, geralmente, após a 20ª semana de gestação. Ela provoca hipertensão arterial, o que pode comprometer a saúde da mãe e do bebê, e pode levar à perda de proteína na urina (proteinúria). Essa condição ocorre porque, na pré-eclâmpsia, os vasos sanguíneos que nutrem a placenta não conseguem se adaptar para aumentar o fluxo sanguíneo necessário para o desenvolvimento saudável do feto.

Joeline Cerqueira explica que, com a circulação comprometida, a pressão arterial da gestante aumenta para níveis críticos, acima de 140/90 mmHg, o que demanda um acompanhamento rigoroso.

O que são a eclâmpsia e a síndrome de Hellp?

A pré-eclâmpsia pode evoluir para condições ainda mais graves, como a eclâmpsia e a síndrome de Hellp. A eclâmpsia é caracterizada por convulsões generalizadas ou coma em gestantes e é uma emergência médica.

Já a síndrome de Hellp, outra complicação que pode derivar da pré-eclâmpsia, envolve a hemólise (destruição das células vermelhas do sangue), níveis elevados de enzimas hepáticas e uma diminuição do número de plaquetas. Essa combinação de fatores pode indicar falência de órgãos importantes, como os rins e o fígado, aumentando o risco para a saúde materna e fetal.

Fatores de risco para pré-eclâmpsia

Embora a causa exata da pré-eclâmpsia ainda não seja completamente compreendida, existem vários fatores que aumentam o risco da condição, incluindo:

  • Primeira gestação

  • Gravidez precoce (antes dos 18 anos) ou tardia (após os 40 anos)

  • Hipertensão crônica

  • Diabetes

  • Lúpus

  • Obesidade

  • Histórico familiar de hipertensão ou doenças relacionadas à gestação

  • Gravidez múltipla (gêmeos)

Prevenção e controle da pré-eclâmpsia

A prevenção da pré-eclâmpsia está diretamente ligada ao acompanhamento pré-natal rigoroso e ao controle da pressão arterial da gestante. A obstetra destaca que, para gestantes com fatores de risco, o uso de medicamentos como cálcio e AAS infantil (aspirina em doses baixas) pode reduzir consideravelmente as chances de desenvolvimento da condição.

É essencial que o acompanhamento médico comece o mais cedo possível, preferencialmente entre a 12ª e 16ª semana de gestação, já que a formação da placenta, que é crucial para o desenvolvimento da pré-eclâmpsia, ocorre nesse período.

Sintomas da pré-eclâmpsia e eclâmpsia

Embora a pré-eclâmpsia possa ser assintomática em alguns casos, alguns sinais devem ser observados com atenção. Entre os sintomas comuns estão:

  • Dor de cabeça forte e persistente

  • Inchaço no rosto e nas mãos

  • Ganho de peso significativo em uma semana

  • Dificuldade para respirar

  • Náusea ou vômito nos primeiros meses de gestação

  • Alterações na visão

  • Dor abdominal, especialmente no lado direito

Na eclâmpsia, os sintomas podem incluir dores de cabeça, dor abdominal, distúrbios visuais antes das convulsões e sangramento vaginal. Caso haja suspeita de eclâmpsia, é essencial buscar atendimento médico imediato.

Tratamento da pré-eclâmpsia

O principal objetivo do tratamento da pré-eclâmpsia é o controle da pressão arterial. Para isso, podem ser usados medicamentos hipotensores, tanto orais quanto injetáveis, que ajudam a manter os níveis de pressão arterial abaixo de 140/90 mmHg. Além disso, a gestante pode ser orientada a adotar uma dieta com baixo teor de sal e açúcar, repousar e aumentar a ingestão de líquidos.

O acompanhamento pré-natal também deve ser mais rigoroso, com monitoramento constante da pressão arterial e exames laboratoriais para garantir a saúde da mãe e do bebê.

A pré-eclâmpsia e suas complicações, como a eclâmpsia e a síndrome de Hellp, são condições graves que exigem atenção médica constante. O acompanhamento pré-natal adequado e o controle da pressão arterial são essenciais para reduzir os riscos e garantir uma gestação saudável. Caso você esteja grávida ou conheça alguém que esteja, é importante estar atenta aos sinais e sintomas dessas condições e buscar ajuda médica imediatamente em caso de suspeita.

Entre em contato com profissionais de saúde especializados para obter mais informações e orientações sobre como garantir a saúde de mãe e bebê durante a gestação.

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