A doença afeta o útero e é mais comum em mulheres após a menopausa.
O câncer endometrial, também conhecido como câncer de endométrio, é um tipo de tumor maligno que se desenvolve no revestimento interno do útero, chamado endométrio. Essa condição é uma das formas mais comuns de câncer ginecológico, especialmente em mulheres na pós-menopausa, e está entre as doenças que mais afetam o sistema reprodutivo feminino.
Neste artigo, exploramos o que é o câncer endometrial, seus sintomas, fatores de risco, diagnóstico e opções de tratamento, oferecendo informações essenciais para prevenção e detecção precoce.
O endométrio é a camada que reveste o útero e se renova mensalmente durante o ciclo menstrual. Quando células dessa região começam a crescer de forma descontrolada, pode surgir o câncer endometrial. A maioria dos casos é do tipo adenocarcinoma, que se origina nas células glandulares do endométrio. Segundo dados globais, essa doença representa cerca de 7% dos cânceres em mulheres, com maior incidência em países desenvolvidos.
Um dos principais sinais de alerta é o sangramento vaginal anormal, especialmente após a menopausa. Outros sintomas incluem:
Sangramento entre os ciclos menstruais (em mulheres pré-menopausa).
Dor pélvica persistente.
Corrimento vaginal incomum, aquoso ou com mau odor.
Dor durante relações sexuais.
Perda de peso sem motivo aparente (em estágios avançados).
Como esses sintomas podem ser confundidos com outras condições, como miomas ou infecções, é fundamental buscar um ginecologista ao notá-los.
O câncer endometrial está fortemente ligado a desequilíbrios hormonais, especialmente ao excesso de estrogênio sem progesterona para contrabalançar. Entre os principais fatores de risco estão:
Obesidade: O tecido gorduroso produz estrogênio extra, aumentando o risco.
Menopausa tardia: Mulheres que param de menstruar após os 55 anos têm maior exposição hormonal.
Nunca ter engravidado: A ausência de gestações eleva o risco.
Histórico familiar: Síndromes como Lynch aumentam a predisposição.
Diabetes e hipertensão: Condições associadas a maior incidência.
Uso de tamoxifeno: Medicamento para câncer de mama que pode afetar o endométrio.
Mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) também podem estar mais vulneráveis devido a ciclos irregulares.
A detecção precoce é um dos maiores aliados contra o câncer endometrial. O diagnóstico geralmente começa com:
Ultrassom transvaginal: Avalia o espessamento do endométrio.
Biópsia endometrial: Remove uma amostra de tecido para análise.
Histeroscopia: Permite visualizar o interior do útero.
Se confirmado, exames como tomografia ou ressonância magnética ajudam a determinar se o câncer se espalhou (estadiamento).
O tratamento depende do estágio da doença e da saúde geral da paciente. As principais abordagens incluem:
Cirurgia: Histerectomia (remoção do útero) é o método mais comum, muitas vezes acompanhada da retirada das trompas e ovários.
Radioterapia: Usada para eliminar células cancerígenas residuais.
Quimioterapia: Indicada em casos avançados ou metastáticos.
Terapia hormonal: Reduz níveis de estrogênio em tumores sensíveis a hormônios.
Em estágios iniciais, a taxa de sobrevida em cinco anos pode ultrapassar 90%, destacando a importância do diagnóstico precoce.
Embora nem todos os casos sejam evitáveis, algumas medidas podem reduzir o risco:
Manter um peso saudável com dieta equilibrada e exercícios.
Usar contraceptivos hormonais, que regulam o estrogênio.
Consultar regularmente o ginecologista, especialmente após a menopausa.
Monitorar sangramentos anormais e buscar avaliação imediata.
O câncer endometrial é uma das doenças ginecológicas mais frequentes, ao lado do câncer de ovário e de colo do útero. Mulheres na faixa dos 60 anos são as mais afetadas, mas casos em idades mais jovens têm crescido, associados a obesidade e estilo de vida sedentário.
O câncer endometrial é uma condição séria, mas com boas chances de cura quando identificado cedo. Conhecer os sintomas e fatores de risco é essencial para proteger a saúde feminina. Se você notar sangramentos ou dores incomuns, não hesite em procurar um médico. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores armas contra essa doença.