O estudo identificou o coronavírus como terceiro no ranking de maior risco pandêmico.
Os vírus da influenza lideram a lista dos patógenos com maior potencial para desencadear novas pandemias, segundo um estudo internacional conduzido por especialistas de 57 países. A pesquisa, baseada em uma lista da Organização Mundial da Saúde (OMS), considerou fatores como formas de transmissão, prevalência e evolução viral.
Cerca de 500 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus influenza todos os anos, com até 650 mil mortes, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da OMS. Transmitido por gotículas no ar, o influenza já causou pandemias devastadoras, como a gripe espanhola (1918-1919), que vitimou 50 milhões de pessoas, e a gripe de Hong Kong (1957-1958), com até 2 milhões de mortes.
Embora as cepas atuais estejam mais controladas, elas ainda representam risco devido à sua rápida mutação e transmissão global.
O estudo identificou o coronavírus como terceiro no ranking de maior risco pandêmico. Apesar do controle atual do SARS-CoV-2, sua capacidade de mutação contínua preocupa os especialistas.
Além disso, a "doença X", um termo usado para descrever uma futura pandemia causada por um patógeno ainda desconhecido, ficou em segundo lugar. Essa incerteza destaca a necessidade de vigilância constante sobre novos vírus emergentes.
O vírus ebola também integra a lista, com um histórico de surtos mortais, incluindo a epidemia da África Ocidental (2014-2016), que resultou em mais de 11 mil mortes.
Embora não tenha sido incluída no ranking principal, a gripe aviária (H5N1) está se espalhando nos Estados Unidos, atingindo aves e outros animais. Segundo a OMS, embora as infecções humanas sejam raras, a transmissão entre animais próximos a humanos aumenta o risco de disseminação do vírus.
Diante dessas ameaças, países europeus já estão tomando medidas preventivas, como a compra de 665 mil doses de vacina contra o H5. Especialistas reforçam a importância de manter práticas básicas de higiene, como lavar as mãos e evitar contato próximo com pessoas infectadas, para minimizar os riscos.