Notícias do Tocantins -  O alistamento militar feminino registrou um marco histórico no Brasil. Em apenas dois dias, entre 1º e 3 de novembro de 2024, cerca de 7 mil mulheres realizaram sua inscrição para concorrer às 1.465 vagas disponíveis em diversas localidades do país.

Essa iniciativa inédita é uma grande conquista e reflete o crescente interesse das mulheres em participar ativamente das Forças Armadas.

Iniciativa pioneira

O alistamento militar feminino, autorizado pelo Decreto 12.154, de 27 de agosto de 2024, permite que mulheres que completam 18 anos em 2025 participem voluntariamente do serviço militar inicial. Esta oportunidade é válida para as jovens nascidas em 2007, que residam em municípios com organizações militares ativas.

As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de junho de 2025, de forma online, pelo site https://alistamento.eb.mil.br/alistamento, ou presencialmente em uma das juntas militares dos 28 municípios e do Distrito Federal.

Vagas e distribuição nas Forças Armadas

O Ministério da Defesa oferece 1.465 vagas distribuídas entre as três forças:

• Exército Brasileiro: 1.100 vagas;

• Aeronáutica: 300 vagas;

• Marinha: 155 vagas.

A meta é ampliar a participação feminina para 20% das vagas no serviço militar inicial nos próximos anos, fortalecendo a presença das mulheres nas Forças Armadas do Brasil.

Processo de seleção

As candidatas passarão por diversas etapas de seleção, que incluem:

1. Inscrição: realizada até 30 de junho de 2025.

2. Entrevista: avaliação do perfil da candidata.

3. Inspeção de saúde: exames clínicos e laboratoriais.

4. Testes físicos: verificação de aptidão para o serviço militar.

5. Designação e incorporação: prevista para março e agosto de 2026.

As aprovadas serão incorporadas inicialmente como soldado (Exército e Aeronáutica) ou marinheiro-recruta (Marinha).

Direitos e obrigações das mulheres incorporadas

Uma vez incorporadas, as mulheres terão os mesmos direitos e deveres que os homens. O serviço militar inicial terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos. Após o desligamento, as militares voluntárias comporão a reserva não remunerada das Forças Armadas.

Mulheres nas Forças Armadas: um panorama

Atualmente, cerca de 37 mil mulheres fazem parte do efetivo das Forças Armadas, representando 10% do total. Elas atuam em áreas como saúde, logística e ensino, além de terem acesso a posições combatentes por meio de concursos públicos específicos.

O alistamento militar feminino é um passo importante para ampliar essa participação, incentivando a igualdade de gênero e fortalecendo o papel das mulheres na defesa nacional.

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Referência: CNN