O surto de bactéria Klebsiella oxytoca no México já causou a morte de pelo menos 13 crianças, deixando outras sete hospitalizadas em estado grave. Segundo o Ministério da Saúde do México, o alerta epidemiológico foi emitido no dia 3 de outubro, envolvendo quatro unidades de saúde, incluindo três centros públicos e uma clínica privada no estado do México.

A infecção foi associada à possível contaminação de insumos de nutrição parenteral, utilizados em pacientes vulneráveis. O incidente levantou preocupações internacionais devido à gravidade da bactéria e ao impacto nas vítimas mais jovens.

O que é a bactéria Klebsiella oxytoca?

A Klebsiella oxytoca é uma bactéria normalmente encontrada no trato intestinal humano, mas, em situações específicas, pode causar graves infecções, como:

• Pneumonia;
• Infecções da corrente sanguínea;
• Infecções em feridas cirúrgicas;
• Meningite.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, essa bactéria afeta principalmente pacientes imunossuprimidos ou em condições hospitalares críticas.

O impacto do surto no México

O Sistema de Vigilância Epidemiológica Nacional do México foi acionado após o aumento das mortes infantis relacionadas à Klebsiella oxytoca. O surto levantou suspeitas de contaminação em insumos usados para nutrição parenteral. Esses produtos são amplamente utilizados em unidades de terapia intensiva para nutrir pacientes incapazes de se alimentar normalmente.

Os casos ocorreram em quatro unidades de saúde no estado do México, onde protocolos estão sendo revistos para investigar a origem exata da contaminação e evitar novos episódios.

Por que a nutrição parenteral está sendo investigada?

A nutrição parenteral é uma solução rica em nutrientes administrada diretamente na corrente sanguínea de pacientes que não conseguem ingerir alimentos via oral ou enteral. Por sua composição e manipulação, é altamente suscetível à contaminação se não for preparada em condições rigorosamente assépticas.

No caso do surto no México, as autoridades suspeitam de falhas no processo de fabricação ou aplicação desses insumos. Esse fator aumenta a necessidade de medidas mais rígidas em relação ao controle de qualidade e armazenamento.

Como prevenir infecções por Klebsiella oxytoca?

A prevenção de surtos de Klebsiella oxytoca exige uma combinação de práticas hospitalares seguras e cuidados com pacientes vulneráveis. As principais recomendações incluem:

1. Higiene rigorosa: lavar as mãos com frequência e utilizar desinfetantes apropriados.
2. Controle de infecções hospitalares: esterilização de equipamentos e ambientes hospitalares.
3. Monitoramento de insumos: garantir que medicamentos e produtos usados em pacientes estejam livres de contaminação.
4. Acompanhamento de pacientes imunossuprimidos: vigilância contínua e tratamentos preventivos.

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Referência: CNN