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Tecnologia robótica

Cirurgia robótica para redesignação sexual é realizada pela primeira vez no Brasil

Procedimento foi um sucesso, marcando um avanço significativo para pessoas trans.

Por Mariana Dias
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27/12/2024 11h28 - Atualizado há 2 semanas
Primeira cirurgia de redesignação sexual com robôs é realizada no Brasil

Uma cirurgia de redesignação sexual inédita foi realizada no Brasil, utilizando robôs, no Hospital Santa Isabel, em Blumenau, Santa Catarina. O procedimento foi realizado em uma mulher trans de 31 anos, que agora faz parte da história médica do país, sendo a primeira pessoa a passar por esse tipo de cirurgia robótica no Brasil.

A operação, que durou mais de cinco horas, foi realizada pela equipe médica do Transgender Center Brazil, responsável pela inovação.

A paciente, natural de Belo Horizonte, escolheu o Hospital Santa Isabel para realizar o procedimento, permanecendo na cidade durante o pós-operatório para recuperação e acompanhamento médico. Segundo a equipe responsável pela cirurgia, a paciente recebeu alta três dias após a operação e não apresentou complicações nem sinais de dor, algo que se alinha com os benefícios do uso de tecnologia robótica em cirurgias delicadas.

O uso de robôs na medicina tem se expandido nos últimos anos, trazendo consigo uma série de benefícios, como maior precisão e a possibilidade de procedimentos menos invasivos. No caso dessa cirurgia de redesignação sexual, a opção pelo uso de robôs foi motivada pela necessidade de uma abordagem mais detalhada e precisa, já que a área envolvida é extremamente sensível e requer extrema delicadeza.

A técnica robótica e seus benefícios

A cirurgia foi realizada com uma técnica chamada peritoneal via robótica, que até então havia sido realizada apenas em outros países. A técnica peritoneal envolve a remoção de uma parte do peritônio – a membrana que reveste a parede abdominal – que é então implantada na cavidade vaginal. Este procedimento oferece uma série de vantagens, incluindo a criação de uma cavidade vaginal mais profunda, entre 20 a 22 centímetros, em comparação com as técnicas tradicionais de redesignação sexual, que resultam em uma profundidade de aproximadamente 15 centímetros.

O uso dessa técnica tem sido recomendado para pacientes que possuem uma quantidade limitada de pele na região genital, o que dificulta a criação de uma vagina com profundidade suficiente, ou para aquelas que já enfrentaram complicações em cirurgias anteriores. Além disso, a técnica peritoneal via robótica se destaca pela capacidade de não interferir na estética genital da paciente, um fator crucial em muitos procedimentos de redesignação sexual. O robô, com sua precisão, permite que o processo seja mais eficiente, o que também resulta em uma recuperação mais rápida e com menos riscos de complicações.

Recuperação e resultados pós-operatórios

Após a cirurgia, a paciente não relatou complicações no pós-operatório. De acordo com a equipe médica, a paciente não sentiu dores significativas e teve uma recuperação bem-sucedida dentro do período esperado. O uso da tecnologia robótica permite que os cortes sejam menores e a cirurgia seja menos invasiva, o que resulta em menos dor e um processo de recuperação mais rápido, especialmente quando comparado aos métodos tradicionais. Isso é um avanço importante, considerando que a recuperação de cirurgias de redesignação sexual pode ser longa e dolorosa.

Expectativas para o futuro da cirurgia robótica no Brasil

A realização desta cirurgia representa um marco importante para a medicina no Brasil, especialmente no campo das cirurgias de redesignação sexual. A introdução da tecnologia robótica no país traz uma nova perspectiva para os tratamentos de redesignação sexual, oferecendo alternativas mais precisas e menos invasivas, além de resultados mais satisfatórios para os pacientes.

Com o sucesso deste primeiro procedimento, espera-se que essa técnica seja mais amplamente utilizada no Brasil nos próximos anos. O avanço da robótica na medicina tem o potencial de transformar a forma como as cirurgias de redesignação sexual são realizadas, permitindo que mais pessoas tenham acesso a tratamentos de alta qualidade e com menor risco de complicações. A inovação também abre portas para o aprimoramento de outras cirurgias complexas, trazendo uma revolução no cuidado médico em diversas áreas.

A realização da primeira cirurgia de redesignação sexual com robôs no Brasil é um marco significativo tanto para a medicina quanto para os direitos das pessoas trans. O sucesso dessa operação mostra o potencial da tecnologia robótica em oferecer tratamentos mais precisos, rápidos e menos invasivos, com resultados mais satisfatórios. Com o avanço das técnicas e o aumento da disponibilidade desses procedimentos, espera-se que mais pessoas possam se beneficiar dessa inovação, promovendo um futuro mais inclusivo e com mais opções de cuidados médicos para a comunidade trans.

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