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A criação de deepfakes começa com a coleta de dados visuais e de áudio sobre a pessoa.
O deepfake é uma tecnologia avançada de inteligência artificial que permite a manipulação de vídeos, imagens e áudios para alterar a aparência, o som e até as expressões de uma pessoa. Utilizando algoritmos de aprendizado profundo (ou "deep learning") e redes neurais, essa técnica pode criar montagens altamente convincentes, em que uma pessoa parece estar dizendo ou fazendo algo que, na realidade, nunca aconteceu. Embora essa tecnologia tenha seus aspectos positivos, como aplicações na indústria cinematográfica e nos efeitos especiais, o deepfake levanta grandes preocupações em relação à segurança, à privacidade e ao potencial de desinformação.
A criação de deepfakes começa com a coleta de dados visuais e de áudio sobre a pessoa a ser manipulada. Esses dados alimentam algoritmos que utilizam redes neurais artificiais, permitindo que o sistema “aprenda” as características faciais, a voz e os gestos do alvo. Esse processo é chamado de “aprendizado profundo”, em que o sistema é treinado para imitar de maneira convincente a pessoa-alvo.
Após esse treinamento, a IA é capaz de gerar vídeos e áudios que parecem reais, mas são inteiramente fabricados. O avanço da tecnologia fez com que esses vídeos, que antes apresentavam falhas perceptíveis, agora sejam quase impossíveis de distinguir do conteúdo autêntico, criando preocupações sobre como e por quem essa tecnologia pode ser utilizada.
Apesar das preocupações, a tecnologia deepfake possui aplicações úteis e criativas. Em filmes, por exemplo, os deepfakes ajudam a criar cenas em que atores aparecem mais jovens ou permitem a presença digital de personagens que já faleceram, oferecendo uma experiência visual única para o público. Além disso, essa tecnologia tem sido usada para fins educacionais e em treinamentos, recriando cenários complexos para instrução de profissionais em áreas como saúde e defesa.
Outro uso interessante é o desenvolvimento de assistentes virtuais e dublagens automáticas, que facilitam o trabalho em empresas e em plataformas de streaming. Esses exemplos mostram que o deepfake pode ser uma ferramenta valiosa para a indústria e para o entretenimento, desde que utilizada de maneira ética.
O deepfake, no entanto, traz grandes preocupações e riscos para a sociedade. Uma das maiores ameaças é o uso da tecnologia para criar desinformação e manipular a opinião pública. Em mãos erradas, vídeos falsos podem ser usados para incriminar pessoas injustamente, influenciar resultados políticos ou mesmo espalhar rumores e calúnias. Esse tipo de manipulação já gerou controvérsias em redes sociais, onde vídeos falsos foram compartilhados como se fossem reais, dificultando a identificação da verdade.
Além disso, a privacidade das pessoas está em risco com o uso de deepfakes. A tecnologia permite que rostos e vozes sejam alterados e distribuídos sem o consentimento das pessoas envolvidas. Isso tem gerado casos de assédio e de difamação, com vítimas enfrentando grandes dificuldades para remover o conteúdo falso da internet. A facilidade de criar deepfakes levanta questões éticas e jurídicas complexas que ainda precisam ser respondidas pela sociedade e pelos governos.
Diante dos riscos apresentados pelo deepfake, é fundamental aprender a identificar e combater essa tecnologia mal-intencionada. Algumas dicas incluem:
Governos e plataformas de mídia social também têm investido em políticas e tecnologias para combater o uso malicioso de deepfakes. Algumas legislações estão sendo adaptadas para punir crimes digitais envolvendo manipulação de imagens e vídeos, e muitas plataformas agora permitem a denúncia de conteúdo falso.