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Irã disparou ao menos 180 mísseis contra Israel em poucos minutos, estima Exército

Porta-voz afirmou que alguns mísseis causaram impacto direto no centro e sul de Israel.

Por CNN Brasil
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01/10/2024 16h10 - Atualizado há 4 dias
Israel fez uso dos seus sistemas de proteção antiaérea Domo de Ferro.

Notícias do Tocantins -  A estimativa inicial do Exército israelense é que o Irã disparou 180 projéteis contra Israel. “Neste momento, entendemos que foram aproximadamente 180 projéteis”, disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) à CNN. “Mas isso não é definitivo, e (é) uma estimativa inicial”, adicionou.

Além disso, o porta-voz contra-Almirante Daniel Hagari comentou em comunicado que alguns mísseis iraniano causaram impacto direto no centro e sul de Israel.

Realizamos muitas interceptações. Há alguns impactos no centro e mais alguns no sul. Neste estágio, estamos avaliando a situação. Não temos conhecimento de feridos”, ressaltou.

A maior parte dos mísseis atingiu Tel Aviv, onde uma série de explosões foi registrada. A população teve de se abrigar em bunkers e abrigos por mais de uma hora, e o espaço aéreo chegou a ficar totalmente fechado, mas foi reaberto após o ataque.

Segundo o governo, duas pessoas ficaram feridas sem gravidade, e não houve registro de prédios ou residências atingidos. Mas um atentado que ocorreu no mesmo momento nos arredores de Tel Aviv deixou oito mortos.

Em apenas 12 minutos, os mísseis iranianos atravessram os céus de pelo menos dois outros países do Oriente Médio e chegaram em Israel por volta das 18h30 no horário local (13h30 pelo horário de Brasília).

Cerca de 20 minutos após uma primeira onda de mísseis, uma segunda leva de artefatos foi lançada, segundo a agência estatal iraniana. Parte dos artefatos foi abatida pelo Domo de Ferro, um dos poderosos sistemas antimísseis israelenses.

A imprensa iraniana afirmou que a Universidade de Tel Aviv foi atingida.

A agência de notícias estatal iraniana Irna afirmou que alguns mísseis atingiram também atingiram locais controlados por Israel na Cisjordânia. Além de Israel, Jordânia e Iraque também fecharam seus espaços aéreos, posteriormente reabertos.

O governo do Irã afirmou que o ataque foi uma retaliação ao assassinato dos chefes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh, e à invasão do Exército israelense ao Líbano, na segunda-feira (31). Teerã disse que vai retaliar qualquer novo ataque israelense.

Entenda a guerra entre Israel e Hezbollah

Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.

O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.

Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.

Apoio americano

O presidente americano Joe Biden e a vice Kamala Harris convocaram uma reunião de emergência na Casa Branca logo após o início do ataque.

Os americanos tinham avisado Israel de que o Irã estava preparando um ataque iminente.

Nesta terça, a embaixada americana em Jerusalém orientou seus funcionários e familiares a buscarem proteção.

Segundo ataque

Este é o segundo ataque direto iraniano contra Israel este ano.

Em abril, após o bombardeio de um prédio ao lado de um consulado do Irã em Damasco, na Síria, o Irã lançou mais de trezentos mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos e drones contra Israel.

Quase todos foram interceptados no ar, com ajuda de caças da Jordânia e de aviões e navios dos Estados Unidos.

França e Reino Unido também participaram na defesa de Israel.

Segundo os militares israelenses, a taxa de sucesso na interceptação foi de 99%.

Sistema de defesa antiaérea

Em abril, Israel também fez uso dos seus sistemas de proteção antiaérea Domo de Ferro (Iron Dome) e Estilingue de Davi (David's Sling).

O Domo de Ferro costuma ser usado para interceptar foguetes de menor porte e disparados da Faixa de Gaza. Em geral, o tempo de voo desses foguetes é de alguns minutos.

O Estilingue de Davi tem maior alcance e é empregado principalmente para conter mísseis balísticos de médio alcance, que sobem para a estratosfera e têm uma trajetória pré-definida.

Para mísseis balísticos, Israel também pode usar outro sistema, conhecido como Flecha, ou Seta.

Todos foram desenvolvidos em cooperação com os Estados Unidos.

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