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138 pessoas esperam cirurgia neurológica no maior hospital público do Tocantins

Por Redação AF
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09/11/2017 11h14 - Atualizado há 5 anos
Vstoria realizada nesta quarta-feira (8), no maior hospital público do Tocantins, o Geral de Palmas (HGP), a Defensoria Pública constatou diversas irregularidades no setor de neurocirurgia, como falta de profissionais médicos, equipamentos, insumos, e ainda teve acesso à lista do Núcleo Interno de Regulação (NIR) que indicava que 138 pacientes internados aguardam cirurgia. Alguns pacientes relataram que estão esperando por procedimentos cirúrgicos há mais de 3 meses. A Defensoria constatou que o quantitativo de médicos é insuficiente para a demanda, com apenas 7 profissionais, sendo que seis cumprem carga horária de 40 horas e um de 20 horas. O número de profissionais também é insuficiente nos hospitais de Gurupi e Araguaína, com dois e três médicos, respectivamente. Com isso, a demanda do interior é direcionada para Palmas. Alguns pacientes também relataram que durante o período noturno não há médico de plantão no setor, e ficam apenas duas enfermeiras responsáveis pelo setor. Os profissionais médicos também relataram que não estão conseguindo trabalhar com a sobrecarga e com realização de plantões excessivos. Um médico indicou que está responsável por 43 pacientes. Há também a falta de anestesiologistas para a realização de cirurgias. Na data da vistoria, o HGP contava apenas com dois profissionais para todo o hospital. Foi informado ainda que a falta de materiais é constante e que a cada dia falta um item para realização de cirurgias, além de que os aparelhos utilizados na realização dos procedimentos estão velhos e desgastados, e acabam quebrando durante as cirurgias. Alguns pacientes relataram que chegaram a ficar em jejum para realizar os procedimentos, chegaram a ir ao centro cirúrgico, no entanto, retornaram sem realizar a cirurgia. "Os problemas constatados na vistoria não são recentes. Em 2015, nós da Defensoria Pública em atuação conjunta com Ministério Público ajuizamos uma Ação Civil Pública para que o Estado viabilizasse a realização dos procedimentos da neurocirurgia em favor dos pacientes que se encontravam internados no Hospital Geral de Palmas com risco de agravamento do quadro clínico e óbito. Verificamos que o problema persiste e que 138 pacientes estão nessa situação, além dos problemas de falta de médicos, equipamento e insumos. A partir dessa vistoria e das informações coletas, vamos verificar qual providência será adotada para regularização dos procedimentos de neurocirurgias”, destacou o defensor público Arthur Luiz de Pádua Marques.

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