O jovem João Victor Gama Viana está cursando o 3º período de Fisioterapia em uma faculdade em Araguaína e precisa percorrer mais de 100 km todos os dias para seguir em busca do tão sonhado diploma universitário.

João Victor mora em Babaçulândia e fazia o deslocamento no ônibus escolar da prefeitura, que transporta os estudantes universitários da cidade, mas perdeu a vaga recentemente por suposta perseguição política.

"Perdi a vaga porque, segundo eles, eu estava atacando o município por simplesmente fazer posts cobrando a revitalização da minha rua", desabafou o estudante ao portal AF Notícias. De acordo com o acadêmico, ele já procurou o Ministério Público do Tocantins (MPTO), que acionou a Justiça. 

“Entramos com um pedido liminar para o restabelecimento da vaga no transporte oferecido pela prefeitura, bem como com o pedido de responsabilização dos entes públicos, baseada nos princípios constitucionais,  por ter sido claramente comprovada a perseguição e  retaliação infundada pessoal, no uso de suas funções como gestores”, afirmou o acadêmico.

SEM ASSISTIR AULAS PRESENCIAIS

O estudante disse que está há quatro semanas sem assistir as aulas presencialmente em razão de não ter condições de arcar com os custos do transporte particular. Em média, ele estima um gasto semanal de R$ 104 com passagens, na ida e volta.

Para não perder o conteúdo que os professores passam em sala de aula, João Victor está contando com o apoio de colegas que repassam o material. Sobre as possíveis faltas nas disciplinas, ele informou que nessa quinta-feira (2/3) entraria com um requerimento para assistir as aulas pela plataforma digital até que o problema do transporte seja resolvido.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Babaçulândia pelos canais oficiais, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos. O prefeito do município é Franciel Brito.

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