<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> Em virtude do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado em 02 de abril, representantes da APAE de Araguaína (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) participaram de uma sessão na Câmara Municipal de Araguaína nesta segunda-feira (01) onde explicaram o que é autismo, suas implicações e as dificuldades financeiras encontradas pela associação para manutenção do atendimento à população.<br /> <br /> A visita da diretora, Paula Nicótera Abrão, e da psicóloga, Edite Lourenço, atendeu a um convite do vereador Divino Bethânia Jr (PSD).<br /> <br /> <u><strong>APAE</strong></u><br /> <br /> De acordo com a diretora Paula Abrão, atualmente a APAE de Araguaína atende 398 alunos, sendo que 60 deles são autistas. A Associação ainda oferece o transporte escolar, das 06h15min às 19h30min, e cinco refeições diárias. Para custear tudo isso, a APAE conta com doações e apoio de algumas entidades. Mesmo assim, a parte financeira ainda é o maior desafio para garantir os serviços à população araguainense. <em>“Nosso trabalho é grande, mas para ficar maior ainda carecemos do apoio da sociedade. Precisamos, portanto, de qualquer tipo de doação. As pessoas podem também ser sócio-contribuinte doando a partir de R$ 5,00 mensais”</em>, disse.<br /> <br /> <u><strong>Autismo</strong></u><br /> <br /> Segundo a psicóloga Edite Lourenço, atualmente é complicado fazer um diagnóstico do autismo, principalmente por causa dos poucos investimentos em pesquisas na área. Para Edite, o Brasil vem avançado nos estudos sobre autismo e na garantia dos direitos dos autistas. Como exemplo, a Lei 12.764/2012 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.<br /> <br /> Para a legislação, só é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica caracterizada como deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento.<br /> <br /> A lei ainda considera autistas as pessoas com padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos.<br /> <br /> Para a psicóloga, a Lei trouxe outro avanço quando prevê que a pessoa com transtorno do espectro autista seja considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. Segundo ela, isso tem reflexos nos direitos que serão assegurados no dia a dia.<br /> <br /> Ainda segundo Edite, as pesquisas no Brasil são limitadas e não há números definidos sobre a quantidade de pessoas autistas no país. De acordo com estudo, 1 a cada 370 crianças tem autismo. Há uma estimativa de que pelo menos 2 milhões de brasileiros sejam autistas. <em>“Aqui percebemos a responsabilidade desta Casa de Leis ao elaborar políticas públicas”</em>, disse.<br /> <br /> As causas do problema ainda não estão bem definidas, segundo a psicóloga. <em>“Acredito que são problemas de neurodesenvolvimento ou neuropsicológico. Há também estudos que apontam para alterações e implicações genéticas”</em>, explicou.<br /> <br /> <strong><u>Autismo</u></strong><br /> <br /> Desde 2008, no dia 02 de abril comemora-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, data decretada pela ONU - Organização das Nações Unidas pedindo mais atenção ao transtorno do espectro autista (autismo), cuja incidência em crianças é mais comum e maior do que a soma dos casos de AIDS, câncer e diabetes juntos. No Brasil estima-se que tenhamos 2 milhões de autistas, mais da metade ainda, sem diagnóstico.</span></div>