Mais 5 dias

Justiça prorroga prisão de vereador de Araguaína investigado por fraudar CNHs

O pedido formulado pelo Gaeco visa assegurar o término das investigações em procedimento investigatório criminal.

Por Redação 2.777
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18/09/2018 11h28 - Atualizado há 5 anos
Vereador Gilmar da Autoescola

Foi prorrogada pelo prazo de cinco dias a prisão temporária do vereador de Araguaína Gilmar de Oliveira Costa, o Gilmar da Autoescola, por fraudes em carteiras de habilitação.

O pedido formulado pelo Ministério Público do Estado (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), visa assegurar o término das investigações em procedimento investigatório criminal.

O vereador e proprietário da Autoescola Ideal foi um dos oito presos na operação do dia 13 de setembro que desarticulou um esquema de fraudes em emissões de CNHs. 

A solicitação da prorrogação da prisão temporária pelo Gaeco se deu diante da complexidade do caso na apuração das supostas práticas dos delitos de corrupção, associação criminosa e falsificação de documento público.

Segundo o MPE, uma grande quantidade e variedade de documentos apreendidos no gabinete do vereador ainda encontram-se em análise e podem fornecer elementos que contribuam para a elucidação dos fatos e o resultado das investigações no que diz respeito aos crimes imputados ao investigado.

O parlamentar está preso desde o dia da operação e teve o requerimento de prisão temporária deferido, nesta segunda-feira (17), pelo Juiz de Direito Antônio Dantas de Oliveira Júnior, da 2ª Vara Criminal e Execuções Penais de Araguaína.

A investigação

A investigação sobre as fraudes teve início em fevereiro de 2016, sendo realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE, a partir de denúncia apresentada pela direção do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Na época, foi apontado que o esquema de corrupção já funcionava há algum tempo.

Segundo a investigação, CNHs foram emitidas sem que os candidatos a condutor tivessem que se submeter às provas teórica e prática, bem como ao curso de formação oferecido pelas autoescolas.

Pela carteira fraudulenta, os interessados chegavam a pagar entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, valor que incluía as taxas administrativas do Detran. O dinheiro excedente era repartido entre os participantes do esquema.

Para a efetivação das fraudes, proprietários de autoescola e servidores da Ciretran atuariam de forma articulada, havendo o envolvimento de agentes públicos que atuavam no curso técnico teórico, no exame de legislação de trânsito e no exame de direção veicular.

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