Operação Déjà vu

Suspeito de fraude milionária em Araguaína, IBGH tinha R$ 55 mil em espécie no escritório

A operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Araguaína, Goiânia, Aparecida de Goiânia e Brasília.

Por Redação 5.607
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25/01/2019 09h32 - Atualizado há 5 anos
Dinheiro apreendido pela PF

A Polícia Federal apreendeu R$ 55 mil em espécie no escritório do Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH) durante a operação que investiga prejuízos de R$ 7 milhões causados aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde de Araguaína, no norte do Tocantins. Os agentes também apreenderam documentos na sede da empresa, em Goiânia (GO).

Batizada de Déjà vu, a operação foi deflagrada nessa quinta-feira (24) e cumpriu 21 mandados de busca e apreensão nos municípios de Araguaína (TO), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Brasília (DF). 

A operação foi realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF).

A investigação, iniciada após auditoria da CGU, reuniu provas relacionadas à atuação de fachada do Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), oficialmente constituído sob a forma de organização social sem fins lucrativos, mas que atuava com finalidade empresarial, voltada à obtenção de lucro.

Segundo a CGU, após vencer, de maneira fraudulenta, licitações com a Prefeitura de Araguaína para gerenciamento da saúde na localidade, o Instituto contratava, de forma direta, empresas ligadas aos seus gestores.

A CGU disse que a apuração identificou diversas irregularidades na execução e prestação de contas, que vão desde o superfaturamento na aquisição de produtos e serviços, até a “maquiagem contábil”, operacionalizada por meio de registros de gastos genéricos, sem a demonstração objetiva da aplicação dos recursos, contabilizados como despesas administrativas e operacionais. 

Investigação

Em contrato firmado com Prefeitura de Araguaína, até abril de 2018, o IBGH era responsável por cerca de 390 funcionários e pelos serviços de saúde ofertados em três unidades: Hospital Municipal (HMA); Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Anatólio Dias Carneiro; e Ambulatório de Especialidades Médicas.

O contrato previa pagamentos mensais de R$ 2,3 milhões, recursos federais repassados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Os suspeitos investigados devem responder por fraude em licitação, organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.

OS administra hospitais em Goiás

A OS administra quatro hospitais em Goiás. Um deles é o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. 

Os demais hospitais são de responsabilidade do Governo de Goiás e estão localizados em Santa Helena, Pirenópolis e Jaraguá. 

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